
Focus: mercado reduz projeção da inflação de 2025 para 5,09%
- Economia
- 28/07/2025
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Analistas do mercado financeiro reduziram a projeção de inflação de 2025 pela nona semana consecutiva. A projeção passou de 5,10%, na semana passada, para 5,09%. A expectativa para 2026 também foi revisada para baixo, enquanto as estimativas para 2027 e 2028 não sofreram mudanças em relação à semana anterior.
Confira como ficaram as estimativas para a inflação:
- para 2026, caiu de 4,45% para 4,44%;
- para 2027, segue em 4%; e
- para 2028, é de 3,80%.
As estatísticas fazem parte do relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (28/7) pelo Banco Central. O boletim resume a análise de mais de 100 especialistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no levantamento do BC.
O que é o relatório Focus
- O Relatório de Mercado Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado financeiro coletadas até a sexta-feira imediatamente anterior à divulgação do documento.
- O Focus é tradicionalmente divulgado toda segunda-feira.
- O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio (dólar), taxa Selic, entre outros indicadores.
- As projeções são do mercado, não do Banco Central. A autoridade monetária só reúne e divulga os dados.
PIB
Segundo o Focus, o mercado prevê crescimento de 2,23% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025. A projeção de 2026 subiu de 1,88% para 1,89%. Já as estimativas para 2027 e 2028 seguem em 2%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano. Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, enquanto um recuo implica encolhimento da produção econômica da nação.
No primeiro trimestre, o PIB registrou alta de 1,4%, com destaque para a expansão do agro. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim de maio.
O Ministério da Fazenda espera que a economia brasileira cresça 2,5%. Já o Banco Central projeta uma expansão de 2,1%.
Taxa de juros
Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que definirá a próxima taxa básica de juros do país, o mercado manteve, pela quinta semana consecutiva, a projeção da Selic em 15% ao ano. Ou seja, os analistas não esperam novas elevações em 2025.
Atualmente, a taxa Selic está em 15% ao ano, após decisão do Copom. Na ata da última reunião, o colegiado do BC sinalizou que vai interromper o ciclo de altas na reunião de julho.
A reunião do Copom está prevista para ocorrer nestas terça-feira(29/7) e quarta-feira (30/7).
As previsões dos analistas para os demais anos seguem as mesmas, confira abaixo:
- Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano.
- Para 2027, a previsão da taxa de juros é de 10,50% ao ano.
- Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano.
Outros indicadores
Dólar
Nesta edição do Focus, o mercado financeiro reduziu a estimativa para a taxa de câmbio (ou seja, o dólar) de 2025. As dos próximos três anos ficaram inalteradas Veja como ficaram as expectativas para o dólar:
- 2025: o valor passou de R$ 5,65 para R$ 5,60.
- 2026: a estimativa está em R$ 5,70.
- 2027: a projeção é de R$ 5,70.
- 2028: a previsão ficou em R$ 5,70.
Balança comercial
O saldo da balança comercial (diferença entre o total de exportações e importações) caiu de US$ 69,25 bilhões para US$ 66,70 bilhões de superávit em 2025, conforme o relatório Focus.
As estimativas de 2026, 2027 também foram reduzidas, enquanto a de 2028 não mudou em relação à semana passada.
Confira o que o mercado espera da balança comercial para:
- 2026: a projeção de superávit recuou de US$ 75,20 bilhões para US$ 70,04 bilhões.
- 2027: a previsão para o saldo positivo da balança comercial diminuiu de US$ 79,85 bilhões para US$ 78,30 bilhões.
- 2028: a expectativa de superávit é de US$ 80 bilhões.
Em junho, o saldo da balança comercial foi superavitário (quando exportações são maiores do que importações) em US$ 5,9 bilhões. No semestre, acumula saldo positivo de US$ 30,1 bilhões.