Polícia fecha laboratório clandestino e prende suspeitos de falsificação de agrotóxicos

RISCO AMBIENTAL

Suspeitos confessaram que o produto vinha da China e havia sido colocado em embalagens com rótulos nacionais para enganar a fiscalização

Dois homens foram presos e um laboratório clandestino de produção, falsificação e adulteração de agrotóxicos foi fechado na madrugada desta terça-feira (1º) em uma operação realizada pelo Comando de Operações de Divisas (COD). A ação contou com o apoio da equipe do Tático da Polícia Militar de Unaí, em Minas Gerais, e foi realizada na região Leste de Goiás.

Durante um patrulhamento, os policiais abordaram um veículo que transportava uma grande quantidade de defensivos agrícolas falsificados. O motorista do carro e o passageiro, de 24 e 52 anos, confessaram que o produto era de origem chinesa e havia sido colocado em embalagens com rótulos nacionais para enganar a fiscalização.

Com base nas informações prestadas, as equipes foram até o estado vizinho, onde encontraram o laboratório clandestino. No local, foram apreendidos insumos químicos, embalagens adulteradas, maquinário para produção e documentos falsificados, incluindo alvarás supostamente expedidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

A operação resultou na apreensão de 1,6 mil quilos de agrotóxicos contrabandeados, que são proibidos para comercialização no Brasil por representarem riscos à saúde humana e ao meio ambiente.

Os dois suspeitos foram levados para a delegacia de Cristalina (GO), onde foram autuados em flagrante com base no Artigo 56 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98). Essa lei prevê reclusão de um a quatro anos, além de multa, para quem produz ou comercializa substâncias tóxicas de forma ilegal.

Agrotóxicos

Em Aparecida de Goiânia, um galpão clandestino foi desativado após uma fiscalização realizada pela 3ª Companhia do Batalhão Rural, Agrodefesa e Delegacia Estadual do Meio Ambiente (DEMA). O local era utilizado para o armazenamento irregular de agrotóxicos, descarte ilegal de embalagens contaminadas e reciclagem não autorizada de resíduos perigosos, e operava sem licença.

Diante das irregularidades constatadas, o galpão foi interditado e o proprietário foi autuado por descumprir a legislação ambiental. Os materiais tóxicos apreendidos foram destinados ao descarte adequado, conforme as normas ambientais. As investigações continuam.