‘É uma doença inflamatória crônica’

‘É uma doença inflamatória crônica’

Atleta Diego Hypólito passou por uma crise dentro do reality show e trouxe à tona os perigos da condição respiratória

Durante sua participação no Big Brother Brasil 25, o ginasta Diego Hypólito viveu momentos de tensão ao sofrer uma crise de asma dentro da casa. O episódio acendeu um alerta para os cuidados com a doença, que é mais comum do que se imagina e, quando mal controlada, pode oferecer sérios riscos à saúde.

Para entender os perigos e os caminhos para o controle da asma, CARAS Brasil conversou com a Dra. Brianna Nicoletti, médica alergista e imunologista. Segundo ela, a condição é uma doença inflamatória das vias respiratórias, com raízes genéticas e forte ligação com o sistema imunológico.

“A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, com forte componente genético e imunológico. Em pacientes predispostos, os brônquios são hiper-reativos e se inflamam diante de gatilhos. Essa inflamação leva a broncoconstrição, produção de muco e edema, o que gera falta de ar, chiado e tosse.”

A médica lista os principais gatilhos capazes de desencadear uma crise asmática, que variam desde fatores ambientais até questões emocionais e comportamentais. Veja a seguir alguns dos sinais de alerta:

• Ácaros, mofo, poluição, pelos de animais, pólen;
• Infecções virais;
• Estresse emocional, exercício, mudança climática.

A médica alerta que as crises, como a enfrentada por Diego, ocorrem justamente quando há desequilíbrio no tratamento ou exposição aos fatores desencadeantes. Por isso, o controle da doença precisa ser constante.

“Crises acontecem quando a inflamação não está controlada e o paciente se expõe a gatilhos. Os principais são infecções respiratórias virais, inclusive resfriados comuns, mudanças bruscas de temperatura ou ar seco, cheiros fortes como fumaça e perfumes, exercício físico sem preparo ou em clima frio, além da interrupção do tratamento contínuo”, explica. 

Entre os sintomas mais comuns da asma, além da falta de ar, estão:

  • Tosse seca persistente, especialmente à noite ou ao rir;

  • Chiado (sibilância) no peito;

  • Aperto torácico;

  • Cansaço ao se exercitar;

  • Sono agitado, com despertares frequentes;

  • Irritabilidade e queda de desempenho escolar ou físico em crianças.

A especialista ressalta que o tratamento envolve dois pilares fundamentais: “Dividimos em dois pilares: o controle da inflamação com corticoides inalatórios de uso contínuo, muitas vezes associados a broncodilatadores de longa ação, como formoterol e salmeterol; e o alívio dos sintomas com broncodilatadores de ação rápida, a famosa ‘bombinha azul’. Além disso, é fundamental tratar comorbidades alérgicas associadas, como rinite, refluxo e obesidade, além de adaptar o ambiente do paciente. Em casos graves e não controlados, podemos indicar imunobiológicos, como omalizumabe, mepolizumabe, entre outros.”

Apesar de ainda existirem mitos e receios sobre o uso da bombinha, a Dra. Brianna reforça que o tratamento adequado salva vidas.“Sim, asma mal controlada pode evoluir para crise grave com hipóxia, insuficiência respiratória e até óbito. A bombinha salva vidas. Deixar de usar por medo ou desinformação é um dos maiores erros que vemos na prática clínica. Com o tratamento contínuo certo, muitos pacientes ficam anos sem crises.”, diz.

O relato do ginasta ajuda a ampliar a visibilidade sobre uma condição que afeta milhões de brasileiros e mostra que, mesmo atletas de alto rendimento, precisam manter os cuidados redobrados com a saúde respiratória.



Fonte Original do Artigo: caras.com.br

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