Brasileiros surpreendem europeus no Mundial de Clubes – 20/06/2025 – Esporte

Brasileiros surpreendem europeus no Mundial de Clubes – 20/06/2025 – Esporte

A repercussão da vitória por 1 a 0 do Botafogo sobre o Paris Saint-Germain, na noite de quinta-feira (19), dá uma boa medida da surpresa que ela causou. O primeiro triunfo de um clube sul-americano sobre um europeu em um jogo oficial desde 2012 foi pintado em tintas épicas no Brasil e visto como um choque no Velho Continente.

Para o L’Equipe, a formação parisiense “tombou do pedestal”. O tradicional jornal esportivo francês apontou que ela vinha em uma sequência de goleadas –uma delas um 5 a 0 sobre a Inter de Milão na final da Liga dos Campeões– e não sofria um gol havia 366 minutos. Ao longo da temporada 2024/25, passara só três jogos sem balançar a rede, contra Bayern, Liverpool e Arsenal.

“O Botafogo foi a melhor defesa que enfrentamos em toda a temporada, tanto em nossa liga quanto na Champions League. Eles foram altamente eficientes, muito compactos, e sempre com a ameaça de nos pegar no contra-ataque. Não criamos o número de chances que estamos acostumados, e eu os parabenizo por isso”, afirmou o técnico Luis Enrique.

“Nós jogamos futebol no Brasil!”, gritou, ainda no campo, John Textor, dono do time carioca. Era uma provocação a Nasser Al-Khelaïfi, poderoso presidente do PSG, clube controlado pela família real do Qatar. Na geografia do futebol moderno, não causou grande estranheza um norte-americano fazer troça de um qatariano com um brado do tipo “aqui é Brasil”.

A questão agora é se o triunfo alvinegro foi simplesmente um resultado excepcional –facilitado pelo fato de que o desgastado adversário foi escalado sem cinco de seus habituais titulares– ou se representa de fato uma realidade diferente da esperada para a primeira edição do Mundial em seu novo formato, com o nome de Copa do Mundo de Clubes.

A primeira semana da competição parece ter reforçado a tese de que a distância dos brasileiros para os europeus não é tão grande quanto se imaginava. Antes da vitória do Botafogo sobre o campeão da Liga dos Campeões, Palmeiras e Fluminense tiveram desempenhos claramente superiores aos de seus rivais, respectivamente, nos empates com Porto e Borussia Dortmund.

Nesta sexta-feira (20), foi a vez de o Flamengo castigar o Chelsea. A fórmula foi diferente da defensiva adotada pelo Botafogo. A equipe rubro-negra buscou o ataque durante boa parte do embate e estabeleceu sua superioridade para construir uma virada de 3 a 1, chamada pelo jornal espanhol Marca de “mais uma lição do futebol brasileiro ao europeu”.

Os times do Brasil (Botafogo, Fluminense, Flamengo e Palmeiras) acumulam até agora sete jogos no Mundial dos Estados Unidos, com cinco vitórias e dois empates, nove gols marcados e dois sofridos. Nos confrontos com os europeus, são dois triunfos e dois empates, com quatro gols marcados e um sofrido.

São números que surpreendem se levado em conta que os clubes do país vinham sofrendo no Mundial desde a conquista do Corinthians em 2012.

Na versão anterior da competição, na qual o representante da América do Sul já entrava nas semifinais, tornou-se recorrente a eliminação do time brasileiro logo na primeira partida, como ocorreu com Internacional (2010), Atlético Mineiro (2013), Palmeiras (2020), Flamengo (2022) e Botafogo (2024). Os últimos quatro que avançaram à decisão, sempre contra um europeu, perderam: Grêmio (2017), Flamengo (2019), Palmeiras (2021) e Fluminense (2023).

Na nova Copa do Mundo de Clubes, o Brasil é o único país com quatro representantes, fruto de seu domínio na América do Sul. As seis edições mais recentes da Copa Libertadores terminaram com um brasileiro campeão, e quatro delas tiveram finais exclusivamente brasileiras –na decisão mais recente, o Botafogo superou o Atlético Mineiro.

Há evidente vantagem econômica das agremiações do país em relação a seus concorrentes continentais. Os lucrativos acordos de TV e o dinheiro que jorra dos sites de apostas esportivas –que patrocinam as 20 equipes do Campeonato Brasileiro– estabeleceram uma distância ainda maior para os rivais, mesmo os mais tradicionais da Argentina.

A seleção argentina é a atual campeã do mundo, enquanto a brasileira vive uma estendida crise técnica e de identidade, porém no nível dos clubes a lógica se inverte. O ano passado foi de recordes, com receitas que superaram R$ 1 bilhão para Flamengo (R$ 1,334 bilhão), Palmeiras (R$ 1,274 bilhão) e Corinthians (R$ 1,115 bilhão).

Esse fluxo de dinheiro fez a respeitada revista inglesa The Economist se referir ao futebol brasileiro como “a próxima Premier League”. Talvez seja exagero, mas o desempenho visto na Copa de Clubes –com todas as ressalvas, uma delas a realização do torneio em um período no qual os europeus geralmente estão de férias– sugere que a distância pode não ser do tamanho que se imaginava.

Fonte Original do Artigo: redir.folha.com.br

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