Trump reduz prazo para Putin aceitar trégua na Ucrânia – 28/07/2025 – Mundo

Trump reduz prazo para Putin aceitar trégua na Ucrânia – 28/07/2025 – Mundo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda (28) ter decidido reduzir o prazo de 50 dias dado a Vladimir Putin para que o líder russo aceite um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia. O republicano não revelou, contudo, qual seria a nova data.

Pelo ultimato inicial do americano, que reverteu sua política de aproximação com a Rússia para tentar pôr fim ao pior conflito em solo europeu desde 1945, feito em 14 de julho, o prazo acabaria em 1º de setembro.

“Eu estou desapontado com o presidente Putin. Eu vou reduzir aqueles 50 dias que dei a ele para um número menor”, afirmou Trump durante encontro com o premiê britânico, Keir Starmer. A reunião ocorreu na sede do campo de golfe do americano na Escócia.

A frustração do americano vinha sendo telegrafada havia meses, mas ele manteve interlocução direta com o russo. Putin não se manifestou diretamente sobre o ultimato até aqui, mas o Kremlin e o Ministério das Relações Exteriores negaram aceitar pressão externa.

Ao mesmo tempo, na semana passada houve mais uma rodada de negociações com os ucranianos, a terceira desde que Trump voltou ao poder e a primeira depois do ultimato. Não que ela tenha dado em algo além da promessa de continuidade e anúncio de troca de prisioneiros.

Ambos os lados seguem com posições opostas, colocadas já no papel. Moscou quer concessões diversas da Ucrânia, a começar por cerca de 20% de seu território, para daí parar a guerra. Já Kiev as nega, e exige cessar-fogo para daí colocar o presidente Volodimir Zelenski frente a frente com Putin para negociar, o Kremlin descarta.

Trump diz que, se Putin não para a guerra que começou em 2022, irá aplicar novas sanções à Rússia. Além de algo simbólico no tênue comércio bilateral, ele ameaça uma medida mais robusta, que seria a aplicação de tarifas extras sobre países que compram petróleo e derivados russos —algo que atingiria China, Índia e Brasil, parceiros de Moscou no Brics.

ATAQUE HACKER CAUSA CAOS AÉREO

Enquanto o impasse se desenvolve, a guerra seguiu com uma nova faceta nesta segunda. Dois grupos de ativistas digitais pró-Ucrânia atacaram a maior empresa aérea russa, a estatal Aeroflot.

Segundo comunicado atribuído ao Corvo Silencioso, o coletivo misterioso que autoridades russas suspeitam operar dentro do país, 7.000 servidores foram comprometidos e todos os computadores de funcionários com nível de gerência, invadidos.

A Aeroflot não confirmou a extensão do dano, que o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse ser alarmante. Foram de todo modo cancelados cerca de 50 voos da empresa, que apesar das sanções ocidentais segue entre as 20 maiores do mundo em transporte de passageiros, com cerca de 55 milhões transportados em 2024.

Nas telas hackeadas pelo Corvo Silencioso em parceria com os belarrussos do Cyberpartisans BY, foi deixado o comunicado e as frases: “Glória à Ucrânia! Longa vida à Belarus”. A ditadura de Minsk é uma cliente de Putin, e permite o uso de seu solo e espaço aéreo para ações contra os ucranianos pelos russos.

No passado, o Corvo Silencioso vazou dados de empresas russas e do governo de Moscou. “A ameaça hacker continua para todas as grandes empresas que provêm serviços para a população”, disse Peskov.

O Comitê Investigativo Russo, órgão que lida com crimes mais sérios, abriu uma investigação por ciberterrorismo. Nas ocasiões anteriores, não conseguiu chegar aos perpetradores.

Nos aeroportos russos, houve caos, devido ao efeito cascata dos cancelamentos em meio à alta temporada de turismo doméstico. Eles já são uma constante devido aos ataques com drones de longo alcance da Ucrânia.

Até aqui, houve um incidente grave na Rússia decorrente deles, quando as defesas antiaéreas de Grozni (Tchetchênia) atingiram por engano um avião de passageiros do Azerbaijão, que acabou caindo, matando 38 dos seus 67 ocupantes.

Já no campo mais convencional do combate, a Rússia lançou nesta segunda mais um mega-ataque aéreo contra os ucranianos. Foram lançados 324 drones, 309 dos quais foram abatidos segundo Kiev, e 7 mísseis, 2 dos quais acabaram atingidos pelas defesas.

Foi mais um ataque complexo, em ondas com iscas e drones atuando em altitudes diversas. Foram empregados três mísseis hipersônicos Kinjal, que Kiev afirma não terem atingido alvos, ao contrário do que diz Moscou. Na capital ucraniana, houve ao menos oito feridos.

Fonte Original do Artigo: redir.folha.com.br

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