Treinar 2 vezes na semana reduz risco cardíaco em pessoas com diabetes

Treinar 2 vezes na semana reduz risco cardíaco em pessoas com diabetes

  • Saúde
  • 24/07/2025
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Fazer atividade física com regularidade continua sendo uma das principais recomendações médicas para pessoas com diabetes. Mas agora, um novo estudo indica que até os pacientes que só consegue se exercitar aos fins de semana, desde que com intensidade e tempo adequados, podem obter benefícios importantes para a saúde do coração.

Estudos anteriores mostram que pessoas com diabetes correm maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares. O excesso de glicose no sangue pode danificar os vasos sanguíneos e o coração ao longo do tempo, favorecendo o acúmulo de placas de gordura nas artérias, processo conhecido como aterosclerose.

A pesquisa, publicada na revista Annals of Internal Medicine na última terça-feira (22/7), acompanhou 51.650 adultos com diabetes por cerca de 10 anos. Os dados foram extraídos da Pesquisa Nacional de Entrevistas de Saúde dos Estados Unidos, feita entre 1997 e 2018, com informações cruzadas com registros de óbitos até 2019.


Sinais que podem indicar diabetes

  • Sensação de cansaço e irritabilidade.
  • Visão turva
  • Sede excessiva.
  • Fome frequente.
  • Boca seca.
  • Doença periodontal.
  • Feridas que demoram para cicatrizar.
  • Formigamento nos pés e mãos.
  • Perda de peso.
  • Coceira ao redor do pênis ou vagina, ou episódios recorrentes de candidíase.
  • Vontade excessiva de urinar.
  • Coceira na pele.
  • Manchas escuras na pele.
  • Infecções frequentes.

Exercício concentrado também protege o coração

Os participantes foram divididos em quatro grupos, de acordo com seus hábitos de exercício: inativos, insuficientemente ativos (menos de 150 minutos por semana), praticantes de fim de semana (150 minutos ou mais em apenas uma ou duas sessões semanais) e regularmente ativos (150 minutos ou mais divididos em pelo menos três dias da semana).

O principal achado do estudo é que tanto os praticantes regulares quanto os chamados “atletas de fim de semana”, que concentram os exercícios em poucos dias, apresentaram menor risco de morte por doenças cardiovasculares em comparação com quem é sedentário.

No grupo que concentrava os exercícios em um ou dois dias da semana, o risco de morte cardiovascular foi 33% menor e o risco de morte por todas as causas, 21% menor, em comparação aos sedentários. Já entre os participantes que se exercitavam ao menos três vezes por semana, a redução foi de 19% para doenças cardiovasculares e 17% para todas as causas.

“Esses resultados reforçam que o importante é atingir a quantidade mínima semanal de atividade física recomendada, que é de pelo menos 150 minutos de intensidade moderada a vigorosa, independentemente de como isso seja distribuído ao longo da semana”, escreveram os autores do estudo.

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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada

Oscar Wong/ Getty Images

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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo

Peter Dazeley/ Getty Images

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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal

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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais

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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros

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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento

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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença

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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco

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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções

Peter Dazeley/ Getty Images

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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)

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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle

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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão

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Em relação à mortalidade por câncer, o efeito foi menor. Ainda assim, houve leve redução do risco entre os grupos ativos, especialmente entre aqueles que mantinham uma rotina regular de exercícios.

Os pesquisadores reconhecem que o estudo tem uma limitação importante. As informações sobre a prática de atividade física foram fornecidas pelos próprios participantes e coletadas apenas uma vez, sem acompanhamento ao longo do tempo.

Ainda assim, eles apontam que pessoas com diabetes que se mantêm ativas, mesmo que apenas em dois dias da semana, podem ter menos risco de morte e melhorar a saúde de forma geral.

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Fonte Original do Artigo: www.metropoles.com

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