
‘Todo mundo já sofreu em algum nível’
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- 23/04/2025
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Em entrevista à CARAS Brasil, Felipe Hintze também comenta novos projetos para 2025 e abre o jogo sobre sua relação com as redes sociais
Felipe Hintze (31) não para. Após um 2024 com a agenda lotada de compromissos no mundo da arte, ele segue em cartaz com dois espetáculos, se prepara para um novo personagem e ainda poderá ser visto nos cinemas. Através de seu trabalho, ele aproveita também para abordar temas relevantes e reforçar o combate contra algumas violências, como por exemplo, o bullying.
Em cartaz com a peça Névoa, o artista interpreta Dennis Sullivan, um cineasta que acusa seu ex-colega de escola pela morte de um amigo, vítima de bullying. Além da experiência transformadora, Felipe Hintze explica que a produção aproveita para abordar a importância de falar sobre o assunto, com um texto intenso, emocionante e divertido.
“Acho que todo mundo já sofreu bullying em algum nível. Névoa é uma história que conversa direto com quem já se sentiu excluído, diminuído ou calado. E vamos combinar: quem nunca, né? Mas na peça abordamos também um bullying severo que traz consequências irreversíveis alertando a plateia a importância de falar sobre esse assunto“, diz, em entrevista à CARAS Brasil.
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Além disso, o artista também estrela o musical Canções que eu guardei pra você. Ele conta que, apesar dos desafios, a experiência abriu uma porta que ele já tinha curiosidade de experimentar e revela já ter alguns outros projetos em desenvolvimento para o meio.
“Cantar em cena, manter o fôlego, acertar a respiração, a emoção, o tom —tudo isso ao mesmo tempo é um desafio absoluto. Atores de musical são atletas“, diz. “E estou estudando muito para ter esse condicionamento. Mas está sendo delicioso, seguimos em turnê pelo Brasil. Me reinventei como artista.“
Abaixo, Felipe Hintze dá detalhes de seu trabalho no longa-metragem Consequências Paralelas, celebra o momento atual do cinema brasileiro e fala sobre o desafio de interpretar Jô Soares (1938-2022) em breve, nos palcos do teatro. Confira trechos editados da conversa.
Além das peças, você também protagoniza o longa Consequências Paralelas. Como foi viver o papel central do filme?
Foi intenso. O filme é cheio de camadas, e o personagem passa por situações-limite. Tive que cavar fundo em mim pra encontrar verdades que não estavam tão à flor da pele. Mas foi um processo lindo, com uma equipe apaixonada, e um roteiro que instiga de verdade. O filme está correndo pelo mundo, esse ano fomos selecionados pra festivais em Boston, nos Estados Unidos, Barcelona, na Espanha e aqui, em Porto Alegre. Estou feliz demais com a carreira do filme.
Quais as expectativas para o lançamento desse projeto no Brasil, ainda mais neste ano importante para o cinema brasileiro?
A gente vive um momento potente pro cinema nacional, com novas vozes surgindo e uma reconexão com o público. Estrear Consequências Paralelas aqui é mais do que um marco —é um ato de resistência e celebração da nossa arte. Quero muito que as pessoas assistam, debatam, se incomodem, se emocionem. Vamos correr com os festivais e em breve lançaremos aqui.
Você é bastante ativo nas redes sociais, compartilhando seu dia a dia e trabalhos! Qual sua relação com elas?
Adoro a troca, é o lugar onde eu me expresso, divido a minha vida como se fossem todos meus amigos… é uma forma de divulgar meu trabalho e ter uma conexão mais profunda com as pessoas. Tento usar com leveza e autenticidade, sem me levar tanto a sério. Porque se a gente deixar, entra num looping de comparação que não acaba nunca. Então, sim: posto, compartilho, mas também sei a hora de dar uma sumidinha estratégica.
Você tem outros projetos que gostaria/poderia nos contar?
Nos últimos meses mergulhei nos estudos para viver o Jô Soares. Um personagem tão profundo e tão complexo que estou amando construir. Estamos fazendo ajustes necessários na obra para em breve, termos mais novidades sobre a temporada paulistana.
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