
Suspeito de participar da morte de travesti é identificado
- Goiás
- 20/07/2025
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INVESTIGAÇÃO
Os policiais tiveram acesso a mensagens trocadas entre Samylla e um homem por meio de uma rede social
Travesti identificada pelo nome social Samylla Morais, de 22 anos, encontrada morta à tiros em Anápolis (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
A Polícia Militar identificou, neste sábado (19), um suspeito de envolvimento no assassinato de Samylla Morais, travesti de 22 anos, morta a tiros em uma estrada vicinal próxima à Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Anápolis. O crime ocorreu na tarde de quinta-feira (18) e é tratado pela Polícia Civil como uma possível execução.
De acordo com apuração da Rádio 105.7 FM, os policiais tiveram acesso a mensagens trocadas entre Samylla e um homem por meio de uma rede social. As conversas indicavam que os dois teriam marcado um encontro pouco antes do crime. Câmeras de segurança também reforçaram a linha de investigação ao registrarem o momento em que a vítima entrou em um carro cinza.
O veículo foi localizado em frente a uma residência no bairro São João. O pai do suspeito afirmou que o carro está registrado em seu nome, mas é utilizado com frequência pelo filho. Durante buscas no imóvel, a polícia encontrou três munições de calibre 32, uma delas deflagrada, e uma blusa com manchas de sangue no quarto do jovem. Ele alegou que vestiu a peça na noite anterior.
O rapaz foi conduzido à Delegacia de Flagrantes para prestar esclarecimentos. Os materiais foram recolhidos para perícia, e o veículo permanece isolado.
Vítima era conhecida por expor clientes e é alvo de suspeita de extorsão
Samylla Morais trabalhava como garota de programa na região da Calixtolândia e havia ganhado notoriedade nas redes sociais por publicar fotos de clientes que, segundo ela, não pagavam pelos serviços. Em um dos episódios mais comentados, um jovem exposto por ela teria tirado a própria vida após a divulgação.
Nos comentários de publicações sobre o homicídio, surgiram relatos que apontam para possíveis práticas de extorsão por parte de Samylla. Um internauta chegou a afirmar que um amigo teria sido chantageado por dois anos. A Delegacia de Homicídios de Anápolis apura se há relação entre esse histórico e a morte da vítima.