Suíça se despede da Euro feminina marcada por recordes – 28/07/2025 – Esporte

Suíça se despede da Euro feminina marcada por recordes – 28/07/2025 – Esporte

Com 29 dos 31 jogos com todos os ingressos esgotados, cerca de 657.300 espectadores em todo o torneio e as ‘fan zones’ com muita animação no centro das cidades, a Suíça se despediu no domingo (27) da Eurocopa feminina de todos os recordes.

A Suíça tinha um grande desafio pela frente. Com uma seleção que mal atraía público e uma liga pouco desenvolvida, encher os estádios durante um mês de competição parecia complicado.

Mas a edição de 2025 da competição quebrou o recorde de público da Inglaterra, em 2022 (574.875), com 657.291 espectadores nos estádios, segundo a Uefa (haviam sido 247.041 na Holanda, em 2017).

Nas ‘fan zones’ do país, os torcedores compareceram em grande número em um ambiente sempre festivo, especialmente em Basileia, sede da final e cidade com mais jogos.

A única sombra sobre a Uefa (União das Associações Europeias de Futebol) foi a ausência de seu presidente, Alexander Ceferin, durante a competição, exceto em um jogo no início do torneio e na final.

“Não considero justo julgar seu compromisso com o futebol feminino pelos jogos aos quais ele assiste ou não. As pessoas deveriam julgar pelo que conseguimos durante seu mandato. Ao final do nosso ciclo, a Uefa terá investido 1,5 bilhão de euros (US$ 1,749 bilhão; R$ 9,75 bilhões)”, respondeu ao jornal The Guardian Nadine Kessler, responsável pelo futebol feminino na instituição.

Em campo, os jogos foram muito equilibrados, com poucos confrontos decididos por goleada e muitas mudanças inesperadas de situação.

A campeã Inglaterra se especializou em viradas, liderando o placar menos de cinco minutos durante quartas, semifinal e final.

Um grande número de partidas foi decidido após o tempo regulamentar ou nos pênaltis. E o recorde de gols de 2022 foi quebrado nas quartas de final, com 106 (95 em 2022).

Depois de duas Eurocopas triunfais para as anfitriãs —Holanda, em 2017, e Inglaterra, em 2022— o entusiasmo do público suíço parecia mais incerto para uma seleção longe da elite europeia e que nunca havia passado da fase de grupos.

Apesar de sua inexperiência e da derrota inicial contra a Noruega (2 a 1), as jogadoras dirigidas por Pia Sundhage conseguiram vencer a Islândia por 2 a 0, arrancar um empate de 1 a 1 no último minuto contra a Finlândia para se classificar às quartas, e depois cair de cabeça erguida contra a Espanha, futura finalista (2 a 0).

“Perdemos um jogo, mas ganhamos muito fora do campo. É um ponto de partida, uma decolagem para a Suíça”, celebrou a lendária treinadora Sundhage.

Além do talento já consolidado de Géraldine Reuteler e das jovens promissoras Sydney Schertenleib, Iman Beney ou Noemi Ivelj, todas de 18 anos, foi notável “toda essa gente” que ficou muito tempo depois do apito final para agradecer às suas jogadoras, destacou a treinadora.

As suíças, que nunca haviam jogado diante de mais de 10 mil pessoas em casa, encheram o estádio de Basileia, o de Genebra e duas vezes o Wankdorf de Berna —com capacidades superiores a 30 mil espectadores—, inundando inclusive o centro histórico da capital com 20 mil torcedores antes das quartas contra a Espanha.

400 “trens especiais”

Para os 35% de espectadores estrangeiros, “de 160 nacionalidades” segundo a Uefa, a Eurocopa ficará associada à descoberta do transporte público suíço, com sua pontualidade e vistas espetaculares de lagos e montanhas.

Não só os trens, bondes e até barcos estavam incluídos com a compra de um ingresso, uma fórmula já habitual em grandes eventos como o Festival de Jazz de Montreux, mas a companhia ferroviária CFF programou 400 “trens especiais” para os torcedores, prontos para esperar em caso de prorrogação.

O ambiente foi totalmente festivo, muito mais que nas competições masculinas. Vencedores e vencidos podiam confraternizar nos estádios e nos mesmos vagões.

Mas também o impacto ambiental foi reduzido, já que “86% dos detentores de ingressos chegaram aos estádios” em transporte público, a pé ou de bicicleta, segundo a Uefa.

A experiência promete ser radicalmente diferente para a Copa do Mundo de 2027. Frente ao projeto “100% acessível de trem” apresentado pela Alemanha, Holanda e Bélgica, a Fifa escolheu o Brasil, com suas longas distâncias que implicam o uso de avião.

Fonte Original do Artigo: redir.folha.com.br

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