Steve Bannon, ex-estrategista de Trump e aliado de Bolsonaro

Steve Bannon, ex-estrategista de Trump e aliado de Bolsonaro

Steve Bannon, estrategista político que ajudou o presidente americano, Donald Trump, na campanha do seu primeiro mandato (2017-2021), vem sendo considerado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos principais articuladores que têm pressionado os Estados Unidos a aplicar sanções contra ministros da corte, incluindo Alexandre de Moraes, segundo informações publicadas pela imprensa brasileira nos últimos dias.

Apesar de sua proximidade com Trump ser um mistério atualmente, Bannon segue como uma das lideranças do movimento Make America Great Again (MAGA), que virou o lema do presidente republicano em 2016 e de seus aliados.

Dias antes do secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciar a revogação do visto de Moraes e “aliados”, que não foram nominalmente citados no comunicado, o estrategista político havia antecipado que Trump estava “aborrecido” com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil e que, em breve, deveria aplicar sanções a autoridades brasileiras.

Ainda neste mês, em comentários durante entrevista com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo, Bannon declarou que considera o ministro do STF Alexandre de Moraes “uma das piores figuras do cenário mundial atualmente”. Na ocasião, ele comparou o magistrado brasileiro a um “vilão do Batman”.

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Ele também foi descrito em reportagens como uma figura-chave para que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro tivesse voz nos Estados Unidos e conseguisse articular com congressistas americanos.

Em janeiro, Bannon já pressionava por sanções contra o Brasil em razão do veto à ida do ex-presidente Bolsonaro à posse de Trump. Naquele mês, ele também já havia defendido que Eduardo, filho do ex-presidente, poderia ser presidente no futuro.

Quem é Steve Bannon e qual sua relação com Bolsonaro

Steve Bannon é um estrategista político e executivo de mídia de 71 anos que ficou mais conhecido por seu papel na vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016.

Apesar da campanha republicana ter proporcionado visibilidade para Bannon, suas atividades na política não ficaram restritas aos Estados Unidos. Ele é considerado um porta-voz e ícone da direita global.

Há anos, membros da família Bolsonaro mantêm vínculos com o assessor político, especialmente o deputado Eduardo, que participou de uma festa de aniversário de Bannon em Washington, em 2018, ocasião na qual elogiou a atuação do estrategista americano no combate ao marxismo cultural.

A relação do americano com figuras da direita brasileira despontou na época em que Jair Bolsonaro se tornou candidato à presidência. Apesar dessa aproximação, Bannon sempre rejeitou ter prestado serviços de campanha ao ex-presidente, demonstrando apenas um apoio informal, segundo ele.

O estrategista político é o idealizador de uma iniciativa chamada de Movimento, focado em defender valores conservadores no que Bannon considera uma guerra cultural nos campos ideológico e político. Além disso, o projeto surgiu como uma plataforma para eleger líderes de direita no mundo.

Na Europa, ele manteve contato com políticos nacionalistas como Viktor Orbán, da Hungria, um aliado de Trump; Marine Le Pen, da França; e o vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini.

O deputado Eduardo Bolsonaro se juntou ao projeto em 2018, tornando-se uma figura central do Movimento na América Latina. O começo da atuação na região, segundo Bannon, ocorreu com a conferência de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos em novembro de 2018.

“Estou muito orgulhoso de me juntar ao Steve Bannon como líder do ‘The Movement’ no Brasil, representando nações latino-americanas. Trabalharemos junto com ele para reconquistar a soberania tomada pelas forças da elite global e expandir o nacionalismo para todos os cidadãos da América Latina”, anunciou o deputado brasileiro naquele ano.

Desde então, Bannon tem sido apontado como um articulador dos líderes de direita no Brasil com os Estados Unidos.

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Antes de assumir a campanha de Trump em 2016, o americano havia atuado na área de investimentos, iniciando sua carreira na Goldman Sachs, um banco de investimentos e serviços financeiros multinacional com sede em Nova York.

Em seu histórico profissional, também há registro de atuação como executivo de mídia e produtor em Hollywood, tendo participado de algumas produções, como um documentário sobre o ex-presidente Ronald Reagan.

Seu envolvimento com a política surgiu com a aproximação do empresário, editor e ativista conservador Andrew Breitbart, fundador do Breitbart News, portal focado em conteúdos de direita. Com a morte do idealizador do site, em 2012, Bannon assumiu sua chefia.

Em agosto de 2016, ele assumiu a campanha presidencial de Trump, sendo promovido a estrategista-chefe do governo após a vitória eleitoral. No entanto, Bannon permaneceu poucos meses no cargo devido a rixas internas na Casa Branca.

Na ocasião, Trump chegou a apelidá-lo de “Steve descuidado” (“Sloppy Steve”, em inglês), devido a declarações concedidas à imprensa que estariam tirando a atenção da gestão republicana. A imprensa americana chegou a afirmar que, nos meses em que atuou na Casa Branca, Bannon estaria provocando problemas para Trump.

Desde que deixou o cargo na presidência de Trump, a relação entre os dois esfriou, apesar do ex-assessor ter mantido sua influência entre congressistas e no movimento MAGA. Posteriormente, eles voltaram a trocar elogios.

Acusações na Justiça americana

Steve Bannon enfrenta várias acusações na Justiça dos EUA, entre elas, por lavagem de dinheiro, fraude e conspiração em Nova York relacionadas à campanha “We Build the Wall”, de construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México.

Em 2022, foi condenado a quatro meses de prisão por não colaborar na investigação do Congresso americano sobre a invasão ao Capitólio, de 6 de janeiro de 2021.

Ele chegou a cumprir os meses de detenção e foi libertado uma semana antes da eleição presidencial, em outubro do ano passado.

Mesmo preso, Bannon continuou apoiando Trump para um segundo mandato. O estrategista político disse em seu podcast War Room (Sala de Guerra, em tradução livre) que continuaria “motivando os seguidores do ex-presidente”.

Segundo a CNN, enquanto esteve num presídio federal em Connecticut, Bannon manteve contato com um pequeno grupo de seguidores e alguns chegaram a atuar como apresentadores convidados de seu podcast nesse período.

Fonte Original do Artigo: www.gazetadopovo.com.br

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