
Silvinei nega que PRF tenha barrado eleitores de Lula no 2º turno
- Brasil
- 24/07/2025
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O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques negou, nesta quinta-feira (24/7), durante interrogatório do núcleo 2 da suposta trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), que a PRF tenha barrado ônibus que levavam eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às zonas eleitorais no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Em interrogatório ao STF, Vasques afirmou que nas reuniões da corporação acerca do planejamento das eleições, inclusive uma que aconteceu no Ministério da Justiça, nunca foi falado que a PRF teria um lado no pleito eleitoral. Vasques negou que cometeu alguma ilegalidade nas eleições e que tenha dado ordens para bloquear ônibus que transportavam eleitores de Lula para votar.
“Jamais. Eu não recebi [ordem]. A gente não fez isso, não vi. A própria apuração [da PRF] fez isso, não fizemos isso. Nenhum cidadão deixou de votar por causa da [operação], pelo menos, o que teve registro. Oficialmente, não se encontrou nenhum cidadão que deixou de votar nas ações da PRF”.
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Trama golpista – Kids pretos – Silvinei Vasques, Fernando de Sousa Oliveira, Filipe Garcia Martins Pereira, Marcelo Costa Câmara, Marília Ferreira de Alencar, Mário Fernandes
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Advogado Eduardo Pedro Nostrami Simão, que defende o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques
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Advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão, que defende o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques
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Advogado Eduardo Pedro Nostrami Simão, que defende o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques
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Silvinei Vasques e o ex-presidente Jair Bolsonaro, também investigado em inquérito sob relatoria de Alexandre de Moraes
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Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques fala à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro
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O ex-diretor da PRF é acusado de improbidade administrativa por, supostamente, fazer campanha para Bolsonaro no exercício do cargo
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Ex-PRF, Silvinei Vasques
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Silvinei Vasques é investigado pelo Ministério Público Federal devido a uma operação da PRF realizada nas estradas durante o domingo das eleições presidenciais
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Ex-chefe da PRF, Silvinei Vasques depõe à CPMI do 8 de Janeiro
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Sobre os casos registrados de veículos parados por blitzes da PRF, o ex-diretor-geral da corporação alegou que, nesses casos, se tratava de ônibus em situação precária ou irregular, que poderiam representar riscos ao trânsito.
“Foram 13 ônibus recolhidos no dia 30 de outubro de 2022. Maioria foi no nordeste. Desses, ou estava com problema mecânico ou não podia circular. A gente fez estudos do aplicativo da PRF, em média, era de cinco a 15 minutos a abordagem. Outra coisa, o policial ao abordar, não tem como a gente definir se era do Lula ou Bolsonaro. Não tinha como o policial saber se ônibus era de direita ou esquerda”, disse Vasques.
Vasques foi preso em agosto de 2023 por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Ele foi investigado por, supostamente, tentar interferir no resultado do segundo turno das eleições de 2022, a fim de beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Silvinei Vasques ficou preso por um ano no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, mas teve a preventiva revogada por Moraes. O ministro entendeu que os fatores que determinaram a prisão dele não se encaixavam mais na situação.
Réus do núcleo 2
- Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na gestão de Bolsonaro;
- Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF;
- Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência do governo Bolsonaro;
- Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro;
- Marília Ferreira de Alencar – delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública do Distrito Federal; e
- Mario Fernandes – general da reserva do Exército e “kid preto”.
Os integrantes do núcleo 2 são acusados de ter usado a máquina pública, como a PRF, para dificultar o acesso de eleitores aos locais de votação no segundo turno das Eleições 2022, especialmente no Nordeste, maior reduto eleitoral de Lula, então concorrente de Jair Bolsonaro na disputa presidencial.