Saiba quem é o suspeito de matar a companheira e a ex com espada em GO
- Brasil
- 24/09/2024
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Goiânia – O jovem Renan dos Santos Moraes, 23 anos, confessou a morte da companheira, Luana Meirelles, e da ex-namorada Ana Júlia Ribeiro. Para cometer os crimes, que chocaram a cidade de Edéia, no sul goiano, o rapaz usou uma espada. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), os assassinatos foram motivados por ciúmes.
Prestador de serviços gerais para a prefeitura da cidade onde morava, o jovem mantinha, nas redes sociais, um perfil no qual compartilhava conteúdo sobre carro, customização de faróis e instalação de peças.
Os crimes ocorreram na tarde do último dia 19. Luana morreu na hora; já Ana Júlia chegou a ser socorrida e ficou internada em estado grave em uma UTI na capital goiana, mas não resistiu e morreu no último sábado (21/9).
Quem era Renan
Segundo o processo, ao qual o Metrópoles teve acesso, Renan informou que é conhecido como Chavoso. Em depoimento, o rapaz disse que não fazia uso de bebidas alcóolicas com frequência, não era usuário de drogas, e os lugares que mais frequentava eram a casa dos pais e a igreja.
Renan relatou que trabalhava com serviços gerais na Prefeitura de Edéia, ganhava R$ 2.093 e não tem bens ou imóveis. Ele contou ainda que morava em uma casa alugada havia dois anos, e não tem filhos.
Nas redes sociais, o prefeito José Wagner informou que o rapaz era funcionário da “administração” e repudiou o ato de violência que resultou nas mortes. O gestor público ressaltou que tal conduta é inaceitável e o enche de indignação.
Em seu perfil pessoal, Renan destacava a relação com Luana em sua biografia. No depoimento, ele afirmou que, desde o início do relacionamento com Luana, Ana Júlia começou a “infernizar” a vida do casal, que mandava mensagens para a atual namorada e dizia que ainda se relacionava com ele.
De acordo com Renan, no dia do crime, ele e Luana discutiram por causa de Ana Júlia, e a companheira teria feito ameaças de morte contra ele, além de ameaçar atear fogo às roupas dele. O suspeito relata que havia saído para trabalhar, e estava decidido a matar a ex-namorada; no entanto, Luana pediu que ele retornasse em casa após a discussão.
Chegando à casa, ele teria sido agredido pela atual companheira e a matou com diversos golpes de espada, inclusive na cabeça. A mulher foi morta nas proximidades da casa onde morava. Após matá-la, ele seguiu para o trabalho de Ana Júlia.
Ao chegar ao local, o homem ainda teria dito: “Você fez muito inferno na minha vida, vou acabar com a sua vida agora”. Em seguida, atacou a jovem com golpes que atingiram o estômago e o pescoço. Ainda segundo Renan, ele desferiu diversos golpes contra a ex-namorada e não soube dizer exatamente onde a atingiu. O crime ocorreu na loja onde a moça trabalhava.
Após cometer os crimes, o jovem tentou fugir de bicicleta, mas foi capturado e preso no mesmo dia. Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida.
Comportamento frio
Segundo o delegado Daniel Moura, Renan matou as duas a golpes de espada, após discussão motivada por ciúmes.
De acordo com o investigador, Renan confessou os crimes com frieza. “Ele golpeou a companheira com uma arma branca de fabricação caseira. Após ter matado a companheira, ele seguiu até o trabalho de outra mulher [a ex], que teria sido o motivo da discussão, e também a golpeou diversas vezes”, detalhou o delegado Daniel Moura.
Gisane Alves, prima de Luana, contou que o relacionamento da vítima com Renan era conturbado. Ela revelou que o rapaz era ciumento, e fazia chantagem emocional com a esposa quando o relacionamento terminava.
“Quando eles terminavam, ele ficava ameaçando tirar a própria vida, dizia que não estava bem e não estava comendo. Eles tinham terminado algumas vezes, mas ele não aceitava o fim”, contou Gisane ao G1.
Imagens divulgadas pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) mostram quando Renan invade o trabalho de Ana Júlia e dá diversos golpes de espada nela. Veja o vídeo:
Vítimas
Luana Meirelles, 28 anos, deixou três filhos, frutos de relacionamentos anteriores ao que teve com o autor do crime. Natural de Caldas Novas, ela tinha o sonho de ser psicóloga.
Ana Júlia Ribeiro, 22, trabalhava como vendedora em uma loja em Edéia. Em suas redes sociais profissionais, Ana Júlia participava de brincadeiras para promover os produtos, sempre com bom humor, o que divertia os clientes.
“Excelente profissional, uma vendedora que sempre estava alegre para atender”, escreveu uma cliente. “Tinha um atendimento impecável, sempre atenciosa”, comentou outra.
