Primeira imagem direta da “teia cósmica” que une o Universo; veja

Primeira imagem direta da “teia cósmica” que une o Universo; veja

  • Goiás
  • 27/07/2025
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descoberta

Estrutura está localizada a 10 bilhões de anos-luz da Terra

Foto: FreePik

Uma descoberta acaba de marcar a história da astronomia: astrônomos capturaram a primeira imagem direta da “teia cósmica” que une o Universo. O feito revelou, pela primeira vez, um filamento cósmico real conectando dois quasares localizados a cerca de 10 bilhões de anos-luz da Terra — uma façanha científica que confirma, com evidência visual, a estrutura que conecta galáxias por todo o cosmos.

A chamada “teia cósmica” é uma rede invisível composta por gás e matéria escura que forma os alicerces do Universo. Ela funciona como uma gigantesca malha tridimensional onde as galáxias se alinham, conectadas por filamentos sutis de matéria. Até agora, essa estrutura só existia em simulações e modelos teóricos — mas tudo mudou graças à equipe internacional de cientistas liderada por Davide Tornotti e Michele Fumagalli, da Universidade de Milão-Bicocca.

Utilizando o instrumento MUSE (Multi Unit Spectroscopic Explorer), instalado no Very Large Telescope, no Chile, os pesquisadores conseguiram detectar a tênue emissão de gás ionizado ao longo de 142 horas de observação. O resultado foi uma imagem inédita de uma ponte de matéria com 700 mil anos-luz de extensão unindo dois quasares brilhantes. Essa é a primeira evidência visual da teia cósmica, um marco histórico que oferece novas possibilidades para entender como o Universo se organiza em escalas gigantescas.

A pesquisa também reforça a importância dos filamentos cósmicos como “rodovias” que canalizam matéria através do espaço, influenciando o nascimento e crescimento de galáxias. Até agora, observar esses filamentos era considerado quase impossível por conta do brilho extremamente fraco — cerca de 10⁻²⁰ ergs por segundo por centímetro quadrado por segundo de arco, o que torna sua luz milhões de vezes mais fraca que o céu noturno.

A missão só foi possível graças ao avanço da tecnologia e à sensibilidade do MUSE, que combina imagem e espectroscopia em um só equipamento — ideal para detectar a assinatura luminosa do hidrogênio ionizado nos filamentos, especialmente na linha Lyman-alfa.

Astrônomos capturam a primeira imagem direta da “teia cósmica” que une o Universo; veja



Fonte Original do Artigo: www.maisgoias.com.br

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