Polícia do Rio vai usar helicóptero de guerra dos EUA em operações

O governo do Rio de Janeiro anunciou que a Polícia Militar receberá, até o fim deste ano, um helicóptero Black Hawk blindado. A aeronave, amplamente utilizada pelas forças armadas dos Estados Unidos e presente em diversos conflitos desde a década de 1970, será incorporada à frota aérea da corporação, atualmente composta por modelos como o Bell Huey II, AW-169, AW119 e H-125.

O UH-60 Black Hawk é um helicóptero multifunção, com capacidade para transportar até 11 soldados equipados, além de quatro tripulantes. A versão que será enviada à PM conta com blindagem e pode ser equipada com armamentos laterais. Segundo informações técnicas, ele pode alcançar até 294 km/h e possui autonomia de voo de aproximadamente 590 km.

O modelo ficou famoso após a operação realizada em 1993, em Mogadíscio, na Somália, quando duas unidades foram abatidas durante uma missão das forças especiais dos Estados Unidos. O episódio foi retratado no livro Black Hawk Down e adaptado para o cinema.

A utilização da aeronave pela PM fluminense marca a primeira vez que esse tipo de equipamento será empregado por uma força policial estadual no Brasil. Até então, o Black Hawk era utilizado exclusivamente pelas Forças Armadas brasileiras — Exército, Marinha e Aeronáutica — que somam atualmente 26 unidades do modelo.

A informação foi divulgada durante cerimônia de entrega de 214 novas viaturas à Polícia Militar, realizada na terça-feira (6), nos Arcos da Lapa.

Ontem (8), o Governador reafirmou um novo concurso público para a corporação que será realizado em 2026 e a ampliação do efetivo com mais de 2 mil policiais previstos até o fim do atual governo. Atualmente, o efetivo da Polícia Militar é de cerca de 43 mil policiais, entre praças e oficiais.

Segundo o Governo do Estado, desde 2021, já foram investidos mais de R$4 bilhões em segurança pública. Entre as aquisições estão viaturas, blindados, armamentos, coletes balísticos, equipamentos de proteção e tecnologia.

A previsão é que o helicóptero comece a operar em missões especiais e em apoio a ações táticas em áreas consideradas sensíveis, ampliando o alcance e a capacidade de resposta das forças policiais em situações críticas.