Passei 48 horas em Seul e foi maravilhoso – 20/11/2024 – Zeca Camargo
- Turismo e Viagens
- 26/11/2024
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Certamente você deve estar achando que sou maluco: viajar para o outro lado do mundo (para nós, brasileiros) e ficar pouco mais de um dia e meio? Bem, deixa eu dar um contexto.
Eu estava em mais uma volta ao mundo, a que fiz em 2013, e a Coreia do Sul era mais uma escala. Saí de Los Angeles para Seul e de lá fui a Bangcoc, visitando TVs do mundo inteiro. Até por causa do fuso horário, não dormi —ou quase isso. Mas foi maravilhoso.
O que deu para ver? Bem, passeei por um trecho do rio Cheonggyecheoon; comi um belo churrasco coreano; fiz compras em Gangnam; fui no surreal shopping Coex; visitei o Memorial da Guerra; devorei tudo no mercado noturno Bamdokkaebi. E ainda conferi a gravação de uma novela sul-coreana.
Fiquei num hotel incrível, o W, mas eu me lembro mais do chuveiro do que da cama do quarto com uma vista linda da cidade. E fui embora querendo mais, inevitavelmente.
E aí que está a beleza de passar brevemente por um lugar durante uma viagem: você querer voltar para lá. Eu nunca me despeço definitivamente de uma cidade que visito: sempre acho que vou retornar a ela.
Tempo de estadia nunca foi um problema para mim —seja em Seul ou em Belém do Pará. Essa ideia de que um fim de semana é curto demais para você aproveitar um destino, eu acho que é balela. E posso provar.
Nesta semana, nas minhas redes sociais, estou fazendo uma série de vídeo curtos, de cerca de cinco minutos, com roteiros completos para você passar um dia e meio em lugares pelo Brasil. Hoje apresento Recife, mas já passei por Belém, Maceió e Aracaju.
E não é que dá para fazer coisas incríveis em tão pouco tempo? Claro que você precisa estar aberto para se jogar nos roteiros… e lembrar ditado do viajante: “Dormir, isso eu faço em casa”!
Explorar as cidades assim é fácil, sobretudo se você tem amigos por lá, mais ainda se você já conhece as atrações turísticas mais óbvias do seu destino. Esse é o segredo para se aventurar em atrações um pouco fora da rota mais óbvia.
Foi assim que, em Belém, fui parar na casa Igá; no Rock Doido da aparelhagem do Croco; num lugar excelente de noodles, o Rua; no pôr do sol do Na Maré. E ainda comi o pão que o divino amassou na Nauta.
Em Maceió, mergulhei nas artes da galeria Karandash; ouvi hip-hop alagoano com o Lzu; provei um creme de aridã no Ôxe; descobri a Casa de Arte Isabel Constant; bebi um shot chamado Blow Job (El Bar) e um chope de cacto na Toca do Calango.
Aracaju? Fui da moqueca de siri no Cariri ao pirão com pitu da Eliane; vibrei com desconhecidas obras de Bispo do Rosário no Museu da Gente Sergipana. E ainda escapei para São Cristóvão para comer a queijadinha de dona Marieta, experiência que já contei aqui.
E agora no Recife, andei de bike no parque de esculturas de Francisco Brennand; bebi drinques extraordinários preparados pelo Ronnie Von, barman do Moendo na Laje; tomei o melhor sorvete de coco do mundo, o Samui, na feira da Aurora. E adormeci num barco iluminado que me levava pelo Capibaribe à noite…
Aproveitei bem? Sim! Foi um pouco corrido? Talvez? Mas tenho certeza de que quero voltar a cada uma dessas capitais brasileiras? Total. Nem que seja por mais um dia e meio.
Aliás, para Seul também…
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