
Ondas de calor, insônia e irritação? Veja se você pode fazer reposição hormonal, como Galisteu
- Famosos
- 03/07/2025
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Adriane Galisteu revela como venceu os sintomas da menopausa e especialistas explicam quando a reposição hormonal é indicada
A reposição hormonal voltou aos holofotes com o relato de Adriane Galisteu, que contou ter iniciado o tratamento após perceber mudanças no corpo e no humor associadas à menopausa. A atitude da apresentadora gerou discussões sobre segurança e eficácia desse tipo de terapia — e muitos mitos ainda cercam o tema.
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada principalmente para mulheres com sintomas moderados a intensos da menopausa, como ondas de calor, suores noturnos, insônia, alterações de humor e secura vaginal. No entanto, não é recomendada de forma indiscriminada.
Quem pode fazer?
O perfil ideal da paciente para a TRH inclui:
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Mulheres com menos de 60 anos e/ou até 10 anos após a última menstruação;
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Ausência de histórico de câncer de mama, doenças tromboembólicas ou hepáticas;
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Acompanhamento ginecológico regular e exames atualizados.
Formas de aplicação
Existem diversas vias para administrar os hormônios, cada uma com indicações específicas:
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Transdérmica (adesivos ou géis): Menor risco de trombose e efeitos colaterais digestivos.
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Oral: Mais tradicional, mas pode impactar o fígado.
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Vaginal (óvulos e cremes): Usada localmente para tratar ressecamento sem efeito sistêmico.
A decisão sobre a melhor via depende do histórico da paciente, dos sintomas e da avaliação do médico.
Riscos reais e cuidados necessários
O uso da reposição hormonal requer monitoramento cuidadoso. Estudo da Women’s Health Initiative (WHI) mostrou, no início dos anos 2000, que o uso indiscriminado da TRH estava ligado a riscos cardiovasculares e câncer de mama. Desde então, as diretrizes mudaram e ficaram mais restritivas.
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Hoje, a indicação é personalizada. A Dra. Maira Campos, ginecologista, ressalta: “É fundamental o acompanhamento de perto por uma equipe médica experiente, que inclui a prescrição personalizada de dosagens e formas de aplicação (oral, transdérmica ou vaginal).”
Alternativas naturais e integrativas
Para mulheres que não podem ou não querem fazer TRH, há outras opções:
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Fitoestrogênios: compostos naturais encontrados na soja, linhaça e inhame.
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Acupuntura e fitoterapia: podem ajudar a controlar sintomas leves.
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Terapia cognitivo-comportamental: indicada para lidar com insônia, irritabilidade e queda da autoestima.
O caso de Adriane Galisteu
Galisteu afirmou ter sentido melhora significativa dos sintomas em cerca de três semanas de uso, com acompanhamento médico. Sua fala reacendeu o debate sobre o acesso e os critérios para o uso da terapia no Brasil.
A reposição hormonal pode ser uma aliada poderosa para o bem-estar da mulher na menopausa — desde que usada com critério, respaldo profissional e consciência dos riscos. Informação é o melhor remédio.