O que realmente funciona nos cuidados com pele, cabelo e unhas?

O que realmente funciona nos cuidados com pele, cabelo e unhas?

  • Saúde
  • 01/07/2025
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Na era dos filtros, vídeos virais e influenciadores que prometem resultados rápidos e quase milagrosos, nunca foi tão fácil cair em armadilhas quando o assunto é beleza e autocuidado. Uma rolagem rápida nas redes sociais já é suficiente para encontrar receitas caseiras, promessas de pele perfeita em três passos e dicas de quem, muitas vezes, não tem formação na área da saúde.

Mas até que ponto essas orientações funcionam? E mais: será que são seguras? A Agência Einstein entrevistou dermatologistas, que analisaram algumas das dicas mais compartilhadas nas redes sociais e explicam o que tem embasamento no universo de skincare e cuidados com cabelo e unhas.

1. Peles oleosas não precisam de hidratação

Todos os tipos de pele devem ser hidratados, inclusive as oleosas. A hidratação é essencial para manter a barreira cutânea íntegra e saudável, e contribui para garantir o viço do tecido. “Além disso, a falta de hidratação pode estimular ainda mais a produção de sebo como resposta compensatória”, acrescenta a dermatologista Juliana Casagrande, diretora científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo.

Outro ponto de atenção é que, muitas vezes, pessoas com esse tipo de pele utilizam produtos com ácidos que podem ser mais irritativos. “Nesse contexto, hidratar antes ou intercalar o uso desses ativos ajuda a reduzir a irritação e melhora a adesão ao tratamento”, observa a dermatologista Barbara Miguel, do Hospital Israelita Albert Einstein.

Para quem tem pele oleosa, o ideal é optar por hidratantes leves, em gel, sérum ou formulações oil-free, de preferência com indicação médica.

2. Lavar o cabelo todos os dias leva à queda dos fios

A higiene feita com produtos adequados ao seu tipo de cabelo é fundamental para a saúde geral das madeixas e do couro cabeludo — ajudando, inclusive, a combater a oleosidade e a dermatite seborreica, popularmente conhecida como caspa.

Os fios que caem durante a lavagem geralmente são aqueles que já estavam na fase telógena, a última do ciclo capilar, quando o folículo piloso se prepara para um novo ciclo de crescimento.

Se a queda estiver muito acentuada ou houver uma diminuição progressiva do volume capilar — o que pode ser causado por fatores como variações hormonais e doenças metabólicas —, o ideal é procurar um dermatologista para avaliar o quadro e sugerir o tratamento adequado. Parar de lavar o cabelo não vai ajudar, inclusive pode piorar.

3. Água quente faz mal para a pele

Essa é uma verdade. Banhos com temperatura muito alta podem remover a camada lipídica da pele, que funciona como barreira de proteção. Isso pode causar ressecamento, coceira e até irritações, especialmente em pessoas com pele sensível ou doenças como dermatite atópica.

Sempre que possível, opte por água morna e fique pouco tempo sob o chuveiro. A orientação dos especialistas é evitar o uso de buchas, dar preferência a sabonetes com pH neutro e hidratar todo o corpo após o banho.

4. Protetor solar só deve ser usado em dias de sol

Errado! O produto deve ser aplicado todos os dias, faça chuva ou faça sol. Cerca de 60% da radiação solar atravessa as nuvens e isso vale especialmente para os raios UVA, o principal responsável pelo envelhecimento precoce e o câncer de pele.

Portanto, o uso diário do protetor solar é fundamental. Passe de manhã e reaplique ao longo do dia, especialmente se houver exposição ao sol. Aliás, em dias encobertos o cuidado deve ser redobrado, pois o risco de exagerar na exposição é maior.

5. Skincare com muitos passos funciona melhor

Mais importante do que o número de etapas é a adequação ao tipo de pele e à realidade da pessoa. Uma rotina extensa não é, necessariamente, mais eficaz. Muitas vezes, uma abordagem simples, bem orientada e com produtos corretos e os passos básicos — limpeza, hidratação e proteção solar — já oferece ótimos resultados.

“Além disso, é essencial considerar o estilo de vida do paciente. Rotinas muito longas nem sempre são sustentáveis e podem ser abandonadas com mais facilidade”, pondera Barbara Miguel. “Isso sem falar que o excesso de produtos pode causar irritações pelo uso inadequado de ativos”, complementa Casagrande.

6. É melhor deixar as unhas alguns dias sem esmalte

O uso contínuo de esmalte realmente pode enfraquecer, ressecar e amarelar as unhas, além de causar manchas. Por isso, o ideal é deixá-las ao natural alguns dias entre uma esmaltação e outra.

7. Dormir maquiada faz mal

Sim. Dormir com maquiagem obstrui os poros e favorece o aparecimento de cravos, espinhas e até dermatites. “O acúmulo de resíduos e de poluição aumenta o estresse oxidativo, o que pode acelerar o envelhecimento”, afirma Casagrande.

Por isso, antes de ir para a cama, faça uma boa higienização com demaquilante e sabonete apropriado para o rosto — e o seu tipo de pele.

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Fonte Original do Artigo: www.metropoles.com

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