Navio chinês pode ter cortado cabos submarinos de internet no Mar Báltico

Navio chinês pode ter cortado cabos submarinos de internet no Mar Báltico

Um navio chinês pode ter sido usado na sabotagem de cabos submarinos de internet no Mar Báltico que foram rompidos nos dias 17 e 18 de novembro, interrompendo o sinal que conecta vários países. Conforme noticiou o The Wall Street Journal na quarta-feira (27), a embarcação é investigada por autoridades europeias.

Com 225 m de comprimento e 32 m de largura, o graneleiro Yi Peng 3 teria arrastado sua âncora por mais de 160 km no leito do Mar Báltico enquanto transportava fertilizante russo. A ação resultou no rompimento de cabos que conectam a Finlândia e a Alemanha e a Suécia à Lituânia.

A âncora do navio foi arrastada por mais de 160 km no fundo do Mar Báltico. (Imagem: Getty Images/Reprodução)

Os investigadores suspeitam que serviços de inteligência da Rússia induziram o capitão a realizar a ação após a viagem iniciar em um porto do país. Enquanto a âncora era arrastada, de forma deliberada, o transponder do navio estava desligado — o equipamento é responsável por registrar os movimentos da embarcação.

“É extremamente improvável que o capitão não tenha percebido que seu navio lançou e arrastou sua âncora, perdendo velocidade por horas e cortando cabos no caminho”, afirmou ao jornal uma das pessoas envolvidas na investigação. Ela disse, ainda, que a probabilidade de arrasto acidental é mínima, diante das condições climáticas e alturas de ondas nos dias dos incidentes.

Rússia nega envolvimento

Questionado pela reportagem, o governo russo negou qualquer envolvimento no rompimento dos cabos submarinos no Mar Báltico. “Essas acusações são absurdas e infundadas”, comentou o porta-voz do Kremlin, que ainda citou o silêncio das autoridades ocidentais sobre a explosão do gasoduto NordStream, em 2022.

Embora a investigação acredite que o governo chinês não tenha participado da ação, o Ministério das Relações Exteriores da China também se pronunciou. O órgão afirma que o país possui acordos internacionais e contribui para manter a segurança dos cabos submarinos de internet.

O navio chinês suspeito de sabotagem segue acompanhado por navios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) enquanto investigadores negociam com o proprietário o acesso à embarcação. Eles querem interrogar a tripulação.

Fonte Original do Artigo: www.tecmundo.com.br

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