
Médico explica tragédia responsável por morte de Felipe Alves: ‘É o principal desafio’
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- 15/07/2025
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O médico Matheus Trilico detalha o que levou a morte de cantor Felipe Alves e por que, mesmo com atendimento rápido, o caso foi fatal
O cantor sertanejo Felipe Alves, que fazia dupla com Raphael, faleceu aos 24 anos nesta segunda-feira (14), em Araguaína (TO). O artista sofreu um traumatismo craniano após cair da carroceria de uma caminhonete. Segundo comunicado oficial nas redes sociais da dupla, Felipe foi diagnosticado com edema cerebral e, mesmo após ser internado em estado grave, não resistiu.
Para entender o que aconteceu e por que casos como esse têm desfechos tão rápidos e trágicos, a CARAS Brasil ouviu o neurologista Matheus Trilico, que esclareceu em detalhes o que é o edema cerebral, os sinais de alerta e as limitações do tratamento médico nesses quadros.
O que é edema cerebral e como ele se forma após um traumatismo?
“O edema cerebral é o inchaço do tecido cerebral causado pelo acúmulo de líquido nas células (edema citotóxico) ou no espaço entre elas (edema vasogênico)”, explica o neurologista Dr. Matheus Trilico.
No caso de um traumatismo craniano, como o que acometeu Felipe Alves, os vasos sanguíneos cerebrais podem se romper, levando à hemorragia e inflamação. Como o crânio é uma estrutura rígida, não há espaço para a expansão do cérebro. Isso gera um aumento da pressão intracraniana, que pode comprometer funções vitais e levar à morte em pouco tempo.
Quais sintomas indicam que a pancada na cabeça evoluiu para algo grave?
Segundo o especialista, é essencial estar atento a sinais neurológicos de alerta que indicam que a situação exige atendimento médico urgente:
“Sonolência excessiva, confusão mental, vômitos persistentes, dor de cabeça intensa e progressiva, alterações na fala, fraqueza em membros e mudanças no tamanho das pupilas”, enumera o médico.
Em casos mais severos, o aumento da pressão pode provocar perda de consciência, convulsões e até mesmo coma.
Por que, mesmo com socorro rápido, Felipe Alves não sobreviveu?
Apesar da agilidade no atendimento, casos como o do cantor frequentemente têm limitações médicas, devido à natureza agressiva do edema cerebral: “O espaço limitado dentro do crânio é o principal desafio”, explica o neurologista.
“Mesmo com cirurgias de descompressão e medicamentos para reduzir o inchaço, a pressão pode comprometer centros vitais no tronco cerebral responsáveis pela respiração e batimentos cardíacos.”
A janela de tempo para reverter os danos é curta. Quando há lesões extensas, mesmo a intervenção imediata pode não ser suficiente para evitar danos neurológicos irreversíveis.
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