Mãe de cadeirante que pega oito ônibus por dia reclama de falta de acessibilidade: ‘cansada’

TRANSPORTE COLETIVO

Diariamente, ela precisa pegar oito ônibus com o filho

Uma mãe que depende do transporte coletivo para levar o filho cadeirante a tratamentos denuncia a falta de acessibilidade nos ônibus de Goiânia. A vendedora Kleydes Ferreira mora com o filho Lucas Yago, de 30 anos, no Setor Buena Vista 3. Diariamente, ela utiliza oito ônibus para levá-lo a uma clínica no Setor Jaó, onde ele realiza atendimentos especializados. São 24 quilômetros de distância até o local.

Segundo Kleydes, o trajeto exige quatro ônibus na ida e mais quatro na volta. Ela publicou um vídeo nas redes sociais no qual relata a dificuldade enfrentada para completar o percurso e relatou que, muitas vezes, os ônibus sequer param para o embarque do filho. “Passaram três já e não me levaram. Estou tão cansada”, desabafou em uma publicação.

Lucas tem paralisia cerebral e autismo. Ele precisa de acompanhamento diário com diferentes especialidades, entre elas fisioterapia e fonoaudiologia. A mãe afirma que a falta de acessibilidade nos ônibus compromete a rotina dos atendimentos. De acordo com ela, há problemas na estrutura das portas e na operação dos elevadores, que muitas vezes não funcionam ou não são acionados pelos motoristas.

Em nota enviada ao Mais Goiás, a CMTC afirmou que todos os ônibus possuem acessibilidade, mas problemas técnicos podem ocorrer. A empresa destacou a importância de identificar o número do veículo em reclamações e reforçou que realiza vistorias e fiscalizações para manter os serviços. 

Nota completa da CMTC:
“A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) informa que é de suma importância em reclamações o número do ônibus que apresentou problema, ou outro tipo de situação que deixe o usuário com falta de atendimento. Todos os veículos têm acessibilidade e pode, eventualmente, acontecer problema técnico. A CMTC esclarece ainda que todo um trabalho de vistoria e fiscalização para a manutenção dos serviços é realizado. Neste caso específico, a CMTC já está buscando informações sobre o ocorrido para devidas providências.”

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