João Campos quer palanque único com Lula em 2026 – 26/07/2025 – Poder

João Campos quer palanque único com Lula em 2026 – 26/07/2025 – Poder

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), busca ser o candidato único do presidente Lula (PT) nas eleições de 2026 em Pernambuco. O cenário eleitoral foi discutido durante encontro entre eles em Brasília na quarta-feira (23). João Campos deverá deixar o cargo de prefeito no início de abril do próximo ano para disputar o governo estadual contra a governadora Raquel Lyra (PSD).

Nome do PSB para a disputa, Campos quer afastar rumores de que Lula poderia estar presente em dois palanques em Pernambuco, como aconteceu em 2006, quando seu pai, o ex-governador Eduardo Campos (1965-2014), venceu a eleição, na qual Lula também fez atos junto com Humberto Costa (PT) no primeiro turno.

Raquel tem boa relação com o governo federal e costuma agradecer publicamente as parcerias de Lula com sua gestão, mas não tomou posição ainda acerca da próxima disputa para a Presidência. Em 2022, a governadora apoiou Simone Tebet (MDB) no primeiro turno e não se posicionou no segundo.

Aliados de Lula em Pernambuco estão concentrados no entorno de João Campos, à exceção do PSOL e de uma ala minoritária do PT que é próxima ao governo estadual.

O PSB tem Pernambuco como uma de suas prioridades no próximo ano, enquanto o PT precisa da aliança com pessebistas para Lula, que não deve ter apoio de partidos do centrão na possível candidatura à reeleição.

Em 2024, João Campos foi reeleito com 78% dos votos válidos no primeiro turno no Recife. A avaliação do PSB é que sua popularidade alta na capital se irradia pela região metropolitana. Por isso, o prefeito iniciou incursões pelo interior do estado a fim de ampliar a presença.

Em junho, esteve em dois municípios do interior para eventos do PSB que serviram para marcar o posicionamento do partido. O tom crítico a Raquel dominou os eventos.

Neste mês, Campos visitou o Festival de Inverno de Garanhuns, tradicional evento cultural do interior do estado, e esteve também em exposição em Serra Talhada, maior cidade governada pelo PT em Pernambuco, e na Missa do Vaqueiro, evento religioso tradicional do Sertão, em Serrita, onde dividiu holofotes com Raquel, também presente. A intenção do PSB é fazer novas agendas no interior até o fim do ano.

Em discurso após o desfile a cavalo, Raquel teceu críticas que foram interpretadas como direcionadas a Campos. “Aqui não é palanque político. É tempo de celebrar nossa cultura e nossa história. Isso não se faz pelo Instagram, se faz no chão, na terra, em cima de um cavalo, de mãos dadas com o nosso povo”, disse Raquel, que chegou a cumprimentar o rival em Serrita. Campos externou a interlocutores que não pretende responder às críticas de Raquel e aliados.

No encontro com Lula no Palácio da Alvorada, na quarta-feira passada, também estavam presentes a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O PSB quer manter Alckmin na chapa de Lula.

A montagem da possível aliança de Campos para 2026 também esteve em discussão. No momento, ele tem um arco de apoio (PT, PC do B, União Brasil, MDB, PSDB, Republicanos) maior que o da governadora, que conta com Podemos e PP. Já PL e PSOL devem ter candidatura própria, e o PDT tende a apoiar o prefeito.

Em paralelo, Campos tem algumas questões para resolver. Há quatro pré-candidatos para duas vagas ao Senado na sua chapa: o atual senador Humberto Costa, a ex-deputada Marília Arraes (Solidariedade), o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil) e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos).

O entorno de João Campos avalia que a vaga de Costa é dada como certa na chapa. A outra tende a ser de Silvio ou Miguel, com Marília sendo candidata a deputada federal.

Um dos critérios de escolha do segundo nome para o Senado serão as pesquisas de intenção de voto. Isso porque há um receio quanto à pré-candidatura de Gilson Machado (PL), que tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apareceu bem colocado nos levantamentos realizados pelos partidos. Quem estiver à frente ou mais próximo de Machado pode ganhar a vaga na chapa.

Aliados de Raquel acreditam que haverá sequelas nessa discussão e que quem ficar insatisfeito pode se aliar à governadora. Um possível candidato ao Senado na chapa dela é o deputado federal Eduardo da Fonte (PP).

O PSB também monitora os movimentos de Dudu da Fonte e não descarta a possibilidade de ele voltar a se aliar a João Campos se o cenário eleitoral estiver como agora, com o prefeito líder das pesquisas.

Campos quer turbinar a gestão no Recife com entregas entre setembro e março. Até renunciar e passar o cargo para o vice Victor Marques (PC do B), quer inaugurar o Hospital da Criança e entregar a ponte que liga Areias à Imbiribeira que pode melhorar o trânsito na cidade.

Na semana passada, o prefeito lançou um programa no qual a prefeitura vai pagar até R$ 600 de aluguel para famílias que ganham até três salários mínimos.

Fonte Original do Artigo: redir.folha.com.br

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