
Inglaterra vence Espanha nos pênaltis e é bicampeã da Eurocopa feminina
- Goiás
- 27/07/2025
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As favoritas ao título da Eurocopa feminina, Inglaterra e Espanha, não deixaram a desejar nas expectativas a respeito da final deste domingo, no St. Jakob-Park, em Basel, na Suíça. Desde o primeiro minuto de jogo, ambos os lados não se privaram do ataque e buscaram um jogo ofensivo e muito intenso, embora de formas diferentes.
Enquanto as inglesas pressionavam para roubar a bola e, em poucos passes, atacar rapidamente uma defesa desguarnecida, a seleção espanhola abusava das trocas de passe e de muita troca de posições para desmontar a defesa adversária. A segunda estratégia foi a que funcionou no primeiro tempo, com a atacante Caldentey, mas no segundo, Russo levou o jogo para a prorrogação e nos pênaltis, Chloe Kelly fez o gol (3 a 1) do bicampeonato inglês.
A final inédita levou a atual campeã do mundo, Espanha, e a última campeã do torneio, Inglaterra, a se reencontrarem em uma decisão. As inglesas tiveram a oportunidade de jogar a revanche da Finalíssima de 2023, quando perderam por 1 a 0. A técnica Sarina Wiegman aumenta a galeria de títulos no futebol feminino, ao levar o tricampeonato no torneio, duas vezes com a Inglaterra (2025 e 2022) e com a Holanda em 2017.
Com ataques perigosos de ambos os lados, as goleiras se destacaram no início da partida. A atacante espanhola González recebeu um passe açucarado para ficar no mano a mano com a goleira inglesa, mas Hampton fechou os cantos, defendendo a finalização.
A Espanha explorava os corredores com a saída das laterais inglesas. Logo depois, a camisa 9 González recebeu o segundo passe, desta vez chutando para fora.
Do outro lado, a Inglaterra apostava na pressão na saída de bola espanhola e quase abriu o placar quando a goleira Cata Colli errou um passe, entregando a bola nos pés da atacante inglesa, mas ela se recuperou ao fazer grande defesa na finalização da adversária.
Aos 25 minutos, a equipe espanhola mostrou a eficiência do estilo de jogo ao envolverem a defesa inglesa em uma troca de passes e de movimentações no lado direito do ataque e que terminou em um cruzamento da lateral-direita Batle para a cabeçada da ponta-esquerda Candeltay, abrindo o placar da final.
Mesmo que a Inglaterra tenha atacado perigosamente logo na saída de bola — com um chute de fora da área que passou perto do gol de Cata Colli — a Espanha seguiu colhendo bons ataques ao apostar em jogadas pelos corredores, nas costas das duas laterais inglesas.
A partir do gol, a Espanha se tornou ainda mais ofensiva, chegando com mais volume por ambos os lados e não permitindo contra-ataques ingleses — pressionadas, as jogadoras tiveram que abdicar de criar jogo para tirar a bola pela lateral. “La Roja”, no entanto, não conseguiu ampliar o placar.
Mudança essencial
E aos 41 minutos, o jogo virou a maré. A atacante inglesa, que visualmente não estava na estava em boa forma, pediu para ser substituída e a entrada de Chloe Kelly foi o desafogo que a Inglaterra precisava para voltar ao jogo.
Já nas primeiras interações, a jogadora conseguiu atrair a marcação em boas jogadas individuais e fez a defesa espanhola se resguardar mais de subir para pressionar e acabar sofrendo um possível contra-ataque.
Embora o segundo tempo tenha começado com a mesma superioridade da Espanha, a Inglaterra conseguiu acionar a Chloe Kelly pelo lado esquerdo. A jogadora cruzou a bola com precisão para a centroavante Alessia Russo devolver o gol de cabeça e empatar o jogo aos 11 minutos.
O empate fez as inglesas voltarem a ter confiança em trocar passes — a equipe não conseguia construir ataques com trocas de passe desde que sofreu o gol espanhol. E o jogo voltou ao equilíbrio do primeiro tempo.
A intensidade do jogo, no entanto, não foi transformada em gols nos lances seguintes e as equipes chegaram ao final da partida com um persistente empate no placar.
Já na prorrogação, a intensidade inicial cobrou o ritmo no tempo extra. Mais lentas, a Espanha seguiu com a posse de bola, mas sem conseguir lances realmente perigosos, enquanto a Inglaterra tentava acionar suas atacantes para um contra-ataque que não foi encontrado.
Penalidades
Inglaterra abriu as cobranças com Mead, a jogadora fez o gol, mas escorregou e foi obrigada a voltar, perdendo a chance nas mãos de Cata Colli. A Espanha fez o primeiro gol com Guijarro, jogando a pressão para o outro lado. Greenwood empatou, mas Caldentey perdeu a chance de ampliar a vantagem ao parar na goleira inglesa.
A Inglaterra voltou a frente com Charles e a goleira inglesa pegou o segundo pênalti seguido, desta vez de Bonmati. Mostrando equilíbrio, Cata Colli pegou outro pênalti, de Williamson. Mas Parapuello perdeu a chance de empatar nas cobranças. A decisão ficou nos pés de Kelly, que batou forte no canto direito da goleira, que escolheu o lado certo, mas não conseguiu pegar a bomba que decidiu a Euro e deu à Inglaterra o bicampeonato.
Por: O Globo