Governo eleva alíquota sobre importação de carros eletrificados

Governo eleva alíquota sobre importação de carros eletrificados

O governo Lula elevou os impostos sobre importação de carros elétricos e híbridos, com alíquotas que vão de 25% a 30%. A medida, válida a partir desta terça-feira (1), faz parte de um plano econômico aprovado em novembro de 2023 pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

As novas alíquotas se aplicam da seguinte forma a partir desta terça:

  • Elétricos: 25% (era 18% desde julho de 2024)
  • Híbridos: 30% (era 25% desde julho de 2024)
  • Híbridos plug-in: 28% (era 20% desde julho de 2024)

Este é o segundo aumento nas alíquotas de importação dos veículos eletrificados desde o começo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em janeiro de 2024 as tarifas eram de 10% para os elétricos, 15% para híbridos e 12% para os híbridos plug-in – que podem ser carregados em tomadas externas, além de contarem com a regeneração de energia durante a frenagem presente nos híbridos comuns.

O aumento das alíquotas relacionadas à importação dos veículos tem objetivo de tornar a produção nacional mais atrativa. Os aumentos graduais cessarão em julho do ano que vem, quando as alíquotas dos três tipos de veículos atingirão 35%.

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Veículos eletrificados representam quase metade dos importados em 2025

De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), entre janeiro e maio de 2025, 186.181 veículos importados foram emplacados.

Destes, 92.743, ou seja, 49,81%, são eletrificados – isso inclui, elétricos, híbridos e híbridos plug-ins.

Segundo a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Anfavea), no mesmo período foram vendidos 929.144 veículos leves e comerciais leves no Brasil – pouco mais 92 mil, ou seja, 9,98%, são eletrificados.

Há uma pressão das montadoras com fábricas em território nacional para que a última etapa – quando todas as alíquotas chegarão a 35%, em julho de 2026 – seja antecipada. A Abeifa é contra.

Uma outra questão levantada, agora pela Anfavea, é a preocupação com a quantidade de veículos, sobretudo elétricos importados. Igor Calvet, presidente da Anfavea, em declaração em maio afirmou que há “um fluxo de importações muito acima de um nível saudável, o que se reflete na queda de vendas de produtos nacionais, sobretudo no varejo”.

Para ele, “Marcas estrangeiras com altos estoques continuam destinando navios abarrotados para nossos portos, adiando seus planos de produção local e ainda solicitando inaceitáveis reduções de tarifas para importação de veículos desmontados, o que afronta nosso governo, nossa indústria e nossos trabalhadores”.

Fábricas planejam investir no Brasil

Para driblar a alíquota proposta pela pasta econômica do governo federal, a alternativa apresentada pelas montadoras estrangeiras é o investimento na produção nacional. Gigantes do mercado como BYD e GWM, que segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), representam  55,9% do mercado de carros elétricos no Brasil, já possuem fábrica em território nacional.

A BYD comprou as instalações da antiga fábrica da Ford, em Camaçari (BA). Já a GWM está instalada em Iracemápolis (SP) – mesma cidade em que a Mercedes-Benz já produziu os famosos modelos Classe C e o GLA.

No Centro-Oeste do Brasil, a também chinesa Caoa Chery monta linhas de SUV em Anápolis (GO) e deve expandir para Jacareí (SP). Também em Goiás, na cidade de Catalão, a Jac Motors negocia a construção de uma fábrica.

No Sul do país, a Geely, que já utilizou o porto de Paranaguá-PR, em parceria com a Renault, negocia a construção de uma instalação em São José dos Pinhais (PR).

Fonte Original do Artigo: www.gazetadopovo.com.br

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