G1 – Especialistas explicam como evitar e tratar mofo nas paredes e móveis

G1 – Especialistas explicam como evitar e tratar mofo nas paredes e móveis

  • Goiás
  • 16/09/2024
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Período chuvoso aumenta a umidade e, consequentemente, o mofo (Foto: Danielle Oliveira/G1)

Com o período chuvoso e o aumento da umidade é normal a formação de manchas e mofos nas paredes, tetos e móveis. Em Goiânia, profissionais explicam como agir após o surgimento deste problema e como tratá-lo. Segundo eles, existem métodos temporários e definitivos para combater o mofo, como a impermeabilização, por exemplo, no entanto, o ideal é que ela seja feita durante a construção do imóvel (veja dicas abaixo).

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Goiás, o período chuvoso é entre os meses de novembro e março. No entanto, outubro e abril são considerados meses de transição do período chuvoso, por isso, também chove. Segundo o engenheiro civil Marcos Alvares Barra, da Master House Manutenções e Reformas, para realizar métodos de combate ao mofo, o ideal é que o clima esteja seco.

“A área a ser impermeabilizada tem que estar bem seca ou não pega a impermeabilização. Além disso, no período de sol, o tempo facilita a secagem. Ideal é fazer na seca”, pontua o engenheiro.

Conforme Barra, entre os problemas que podem causar o mofo, além da falta da impermeabilização no momento da construção, estão o excesso de umidade e a falta de ventilação do ambiente.

Para o profissional, depois que o problema acontece, o melhor é apostar nas  técnicas alternativas, pois a solução definitiva é inviável em relação ao custo benefício. No entanto, Barra alerta que estes métodos temporários têm data de validade, já que duram entre um a cinco anos.

Impermeabilização de obra pode evitar transtornos, em Goiás (Foto: Danielle Oliveira/G1)Impermeabilização durante construção pode evitar transtornos futuros com mofo (Foto: Danielle Oliveira/G1)

Uma das opções para remediar o problema, segundo o engenheiro, é fazer o tratamento superficial, que se trata de tirar a tinta e a argamassa com uma espátula, no local do mofo, e aplicar um produto impermeabilizante. Depois de seco o produto, é só amaciar e pintar a parede.

“Outra alternativa é usar estilos de tinta como o grafiato, que possibilitam uma durabilidade maior da tinta. Algumas pessoas também usam a cerâmica ou as pastilhas, mas tem questão de estética e tem gente que não gosta. O problema é que depois de alguns anos, quando o mofo tomar conta da cerâmica, ela se solta e cai”, alerta.

Impermeabilização
Em relação à impermeabilização, a engenheira civil Paula Mayara Martins explica que o processo deve ser feito no momento da construção do imóvel com vários tipos de produtos disponíveis no mercado, como com mantas emborrachadas ou asfalto polimérico.

“Tem que ter o cuidado de seguir com a manta e fazer a impermeabilização na parede, até acima do nível da terra. Em jardins ou áreas descobertas de estacionamento, por exemplo, deve ser feito acima do nível para evitar o contato com a umidade”, conta a engenheira.

Especialistas explicam como evitar e tratar mofo nas paredes e móveis em GO (Foto: Danielle Oliveira/G1)Teste de estanqueidade é feito após a impermeabilização (Foto: Danielle Oliveira/G1)

Segundo Paula, é necessário tomar cuidado com a impermeabilização de ralos, pois eles são propícios para causar infiltrações. “Os ralos são onde a água tem mais facilidade para entrar. Então, depois que preparamos a superfície para vir a impermeabilização, a gente faz o caimento para o ralo, para quando vir a manta, a gente ter condições de fazer o acabamento e não ter problemas futuros”, analisa.

A engenheira conta ainda que é importante que seja feito o teste de estanqueidade, depois da impermeabilização, para testar o processo deu certo. Segundo ela, o teste é feito em qualquer tipo de local impermeabilizado.  “Depois que impermeabiliza, nós deixamos o local coberto de água, por até 72 horas, em toda a região impermeabilizada, para ver se tem vazamento, ou se ficou tudo certo com a manta, se todos os cuidados foram eficientes”, explica Paula.

Dicas de como limpar o mofo
A profissional em organização Zezé de Souza afirma que existem formas de limpar o mofo das paredes e móveis, no entanto, explica que a solução faz uma limpeza temporária no local. “Não resolve o problema, mas limpa o preto do mofo, que faz mal para a saúde, faz mal para o ser humano, e além disso, deixa a parede feia”, explica.

Para limpar as paredes externas do imóvel, Zezé aconselha que seja usada água sanitária, misturada com água e detergente. Nas paredes internas, a profissional usa desinfetante ou água oxigenada, diluídos em água. Para aplicar o produto, ela usa uma escova.

“As medidas dos produtos usados são meio a meio, de cada um. Isso serve para limpar o mofo. A água oxigenada tem que ser de 10 volumes, 3%, diluída com água. Também pode usar o vinagre, vinagre de álcool”, completa.

Especialistas explicam como evitar e tratar mofo nas paredes e móveis em GO (Foto: Danielle Oliveira/G1)Manta emborrachada é usada durante a impermeabilização (Foto: Danielle Oliveira/G1)

Conforme Zezé, móveis que ficam próximos a paredes com mofo, podem ser contaminados pelos fungos, além disso, o mau cheiro pode penetrar na madeira. Ela relação a isso, a primeira dica, de acordo com a profissional, é retirar o móvel de perto do parede mofada, entretanto, caso não seja possível, ela explica que pode-se colocar um isopor entre a parede e o móvel. Isso impede que a umidade da parede chegue ao móvel.

“Quando você descobre que tal lugar tem esse problema, o ideal é evitar encostar móvel nessa parede, porque abafa e a tendência é aumentar o mofo, porque os fungos se proliferam e você veda a umidade. Lembrando que a umidade na parede vai continuar”, explica.

Quanto ao mofo dentro dos armários, Zezé conta que, primeiro, se deve limpar o armário por dentro com vinagre de álcool puro. “Em casos críticos, ferva o vinagre e quando ele estiver fervendo, coloque em um tabuleiro, uma forma de assar bolo, e coloca dentro do armário. Quanto maior a forma, parece que o vapor expande mais no armário e da um resultado melhor”, conta.

Depois, feche o armário e deixe o vinagre agir até esfriar. Com o mesmo vinagre, molhe um pano e limpe o armário. “Mesmo que não tiver preto, mofado, o cheiro está impregnado na madeira, ou no MDF, então, deve-se limpar com o vinagre e, depois que limpar, deixe secar. Deixe o armário aberto, porque o vapor umedece. Pode ate colocar um ventilador para ajudar a secar”, disse.

Especialistas explicam como evitar e tratar mofo nas paredes e móveis em GO (Foto: Arquivo Pessoal/Zezé de Souza)Pó de café com gotas de limão neutraliza cheiro do mofo, diz Zezé (Foto: Arquivo Pessoal/Zezé de Souza)

Após a limpeza, ela utiliza pó de café com limão para tirar o cheiro do mofo e afirma que foi a única solução que encontrou. Em um pote, ela coloca o pó e pinga gotas de limão para umedecê-lo. “Não é para molhá-lo. Coloque-o em um potinho dentro do armário. A quantidade depende do tamanho armário. Em um armário de duas portas, eu coloco dois potinhos, uma em cada canto, em uma vasilha de plástico. Escolha um pó bem cheiroso. Não pode ser a borra de café”, alerta.

Segundo ela, essa técnica neutraliza o cheiro e não precisa ser tirada de dentro do móvel. “Eu cubro a boca do pote com papel filme e faço furinhos, só tiro quando passa todas as chuvas do período o chuvoso”, completa.

Outra alternativa para conter a umidade do ar é o giz escolar. Ela indica que se quebre vários bastões de giz e coloque em um pote dentro do armário. “As pessoas acham que o giz não funciona, porque acham que dois bastãozinhos de giz é suficiente, mas não. Pode usar meia caixa de giz lá dentro do móvel. Corto o giz no meio e ponho no cantinho do armário e deixo sempre”, explica.

Problemas causados à saúde
Segundo explica o alergista Daniel Strozzi o mofo é um fungo gerado pela umidade que pode provocar alergias respiratórias, como rinite, bronquite e asma. Ele afirma que a alergia é um processo inflamatório que provoca uma reação de sinais de defesa do organismo, como coceira e entupimento nas vias nasais, espirro e tosse. Ele explica que, quando uma pessoa alérgica a mofo, por exemplo, entra em contato com tal, o corpo tende a reagir.

“A gente avalia cada caso, mas, se o paciente é alérgico, ele não pode ficar em contato com o que causa a alergia. Com o mofo, por exemplo, quando ele dá o processo inflamatório, o paciente tem que resolver o problema e não pode ficar em contato. E onde tem mofo, pode ter o ácaro junto, que também pode trazer outros problemas respiratórios”, afirma.

Strozzi revela que as doenças causadas pelo mofo, em geral, não são graves, no entanto, uma rinite alérgica – moderada a grave – em uma criança, pode causar efeitos como dormir de boca aberta, ronco, noites mal dormidas e, consequentemente, gerar a queda no rendimento escolar.

“O nariz serve para respirar, filtrar e umidificar o ar para que ele chegue no pulmão adequadamente e, se a criança tem rinite, com o nariz inflamado, o corpo não consegue fazer esse processo e ele pode perder o rendimento em uma média de 30 a 90%”, completa o alergista.

Especialistas explicam como evitar e tratar mofo nas paredes e móveis em GO (Foto: Arquivo Pessoal/Zezé de Souza)Giz ajuda a reter a umidade do ar, diz especialista (Foto: Arquivo Pessoal/Zezé de Souza)

* Danielle Oliveira é integrante do programa de estágio entre a TV Anhanguera e Faculdades Alfa, sob orientação de Elisângela Nascimento.

Fonte Original do Artigo: g1.globo.com

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