Especialista explica o que está por trás da agressão de repórter da Band: ‘Pode envolver’

Especialista explica o que está por trás da agressão de repórter da Band: ‘Pode envolver’

Psicóloga analisa o comportamento do repórter da Band, Lucas Martins, após agressão à jornalista da Record

Uma entrada ao vivo para o Brasil Urgente (Band) se transformou no assunto mais comentado da semana. O repórter Lucas Martins empurrou agressivamente a jornalista Grace Abdou, do Cidade Alerta (Record), enquanto tentava entrevistar personagens sobre o desaparecimento de duas adolescentes em São Paulo.

A situação repercutiu de forma negativa, e a Record emitiu uma nota condenando a atitude do contratado da concorrente. “O boletim de ocorrência foi registrado e medidas judiciais cabíveis serão tomadas”, avisou a emissora. 

Para entender o que pode estar por trás de um comportamento controverso como o de Lucas, CARAS Brasil entrevista a psicóloga Larissa Fonseca. Segundo a especialista, questões emocionais e educativas podem desencadear reações agressivas. 

“Revela uma falha nos mecanismos de regulação emocional. A agressão em público e no ambiente profissional indica impulsividade, dificuldade em lidar com frustrações e uma baixa tolerância ao controle de limites. Padrões de comportamento hostis que aparecem quando a pessoa está no limite, sob estresse, em competitividade ou sensação de ameaça”, afirma. 

A falta de controle sobre situações de alerta, como em uma entrada ao vivo para um jornalístico policial, pode ser resultado de outras questões. Fonseca ressalta que não é comum ter um comportamento negativo.

“Alguns transtornos, como o transtorno explosivo intermitente, podem causar explosões de agressividade desproporcionais. No entanto, nem toda agressão parte de um quadro clínico. Em muitos casos, esse comportamento impulsivo, sem autocontrole, pode envolver também crenças distorcidas sobre superioridade e desrespeito às normas sociais. Precisa avaliar se é um caso isolado e talvez um momento na vida (que pode denunciar alguma falha hormonal) ou se é algo recorrente”, diz. 

“Nenhum estresse, por mais intenso que seja, justifica uma agressão física. A pressão emocional é real no jornalismo, com suas mudanças constantes. Sono e descanso diminuídos podem desbalancear o controle do humor. É fundamental reconhecer os próprios limites, desenvolver estratégias para lidar com pequenas desavenças e ter a percepção dos próprios limites. Quando está muito irritado, sair do ambiente e da situação para não piorar é a melhor estratégia”, complementa. 

Questionada sobre o que esse caso revela sobre a cultura de violência de gênero e relações de poder, a psicóloga afirma: “Esse episódio escancara o quanto a violência contra mulheres ainda é banalizada, mesmo em espaços profissionais. Mostra como o poder, quando mal administrado, pode se manifestar com desrespeito e opressão. É um alerta para que haja menos tolerância a palavras, comportamentos agressivos, criando ambientes para que mulheres e até pessoas oprimidas culturalmente se sintam acolhidas e respeitadas.”

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Fonte Original do Artigo: caras.com.br

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