Eduardo Bolsonaro encerra licença e pode ser alvo de cassação

RISCO

Eduardo havia solicitado 122 dias de licença, sendo dois por motivos de saúde e 120 por interesse particular

A licença parlamentar do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) termina neste domingo (20), e as faltas do congressista voltarão a ser computadas pela Câmara dos Deputados após o fim do recesso legislativo, em 4 de agosto. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está há quatro meses nos Estados Unidos, onde tem atuado politicamente mesmo afastado do mandato.

Eduardo havia solicitado 122 dias de licença, sendo dois por motivos de saúde e 120 por interesse particular. Desde então, tem pressionado autoridades norte-americanas a adotar medidas contra integrantes do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e a revogação de vistos de ministros da Corte.

Essa atuação passou a ser alvo de um inquérito no Supremo, que apura crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. De acordo com despacho do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo intensificou “condutas ilícitas” após a decisão que impôs novas restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro, na sexta-feira (18).

De acordo com o regimento da Câmara, um parlamentar que faltar a mais de um terço das sessões plenárias no ano, sem justificativa, pode ter o mandato cassado. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, na última semana, Eduardo chegou a afirmar que cogita não retornar ao Brasil. “O trabalho que estou fazendo aqui [nos EUA] é mais importante do que o que eu poderia fazer no Brasil”, disse.