Deputado italiano que entregou Zambelli pedia extradição desde junho

Deputado italiano que entregou Zambelli pedia extradição desde junho

O deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde e integrante da coalizão Aliança Verde e Esquerda (AVS), afirma ter entregue às autoridades italianas o endereço de Carla Zambelli (PL-SP), presa nesta terça-feira (29/7) em Roma após quase dois meses foragida da Justiça brasileira.

No entanto, a campanha dele contra a deputada brasileira não é de hoje. Desde o início de junho, quando tornou-se público que Zambelli havia fugido para a Itália, Bonelli pressiona o governo italiano no Congresso para garantir a extradição da parlamentar, condenada a 10 anos e oito meses de prisão pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

  • Entenda o caso que levou Carla Zambelli à prisão

Segundo informações apuradas pelo Metrópoles à época, Zambelli deixou o país em 25 de maio, poucos dias após sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ela cruzou a fronteira com a Argentina por via terrestre, em Foz do Iguaçu (PR), e depois seguiu para a Europa usando seu passaporte italiano.

Pressão no Parlamento italiano

A fuga da deputada gerou reação política na Itália, especialmente pela possibilidade de ela tentar usar a cidadania italiana para evitar a prisão. No dia 4 de junho, Bonelli protocolou um pedido formal de extradição aos ministros Antonio Tajani (Relações Exteriores), Carlo Nordio (Justiça) e Matteo Piantedosi (Interior).

No documento, o parlamentar afirmou que permitir a permanência de Zambelli no país “mancha a imagem da Itália perante a comunidade internacional” e pode criar precedentes para outros condenados em países democráticos. Ele também defendeu que o Parlamento discuta mudanças legais que permitam a revogação da cidadania italiana em casos de crimes graves contra a ordem democrática.

“Não se pode usar a cidadania italiana para escapar de uma condenação. A Itália corre o risco de se tornar um paraíso para gente condenada”, declarou em vídeo publicado nas redes sociais.

No dia seguinte, Bonelli voltou a cobrar medidas nas redes:

“A deputada brasileira #Zambelli, que fugiu do Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão, chegou a Roma esta manhã usando seu passaporte italiano. O governo italiano dirá se executará o mandado de prisão da Interpol ou haverá outro caso Almasri?”, escreveu, em referência ao clérigo extremista Abu Hamza al-Masri, que durante anos conseguiu adiar sua extradição para os Estados Unidos.

Veja post:

Críticas à demora da polícia italiana

Bonelli também questionou, em sessões parlamentares, a demora das autoridades italianas para prender Zambelli, mesmo com o alerta vermelho da Interpol já ativo. Em 16 de julho, durante audiência com ministros como Matteo Piantedosi (Interior) e Matteo Salvini (Transportes e vice-primeiro-ministro), cobrou explicações sobre por que a deputada ainda não havia sido detida.

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Ele lembrou que Zambelli continuava ativa nas redes sociais, onde se dizia vítima de perseguição política, enquanto seguia em liberdade. Em seus discursos, citou ainda episódios que pesam contra a deputada, como quando sacou uma arma e apontou para um homem negro em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

“A Justiça brasileira condenou essa cidadã, que também possui cidadania italiana, a 10 anos de prisão por ter invadido o sistema da Justiça brasileira, falsificando inclusive um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Ela também está sendo processada por ter apontado uma arma de fogo contra um opositor político. Foi condenada por falsificar uma série de documentos”, afirmou.

O deputado também criticou a aliança política de Zambelli com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pediu providências ao ministro do Interior. “Gostaria de lembrar, para concluir, senhor Presidente, que o líder político de referência de Carla Zambelli é Jair Bolsonaro, que já está sendo processado por tentativa de golpe de Estado contra o presidente eleito democraticamente, Luiz Inácio Lula da Silva”, declarou no Parlamento.

Fonte Original do Artigo: www.metropoles.com

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