Das nuvens as profundezas terrestres: entenda o ciclo da água no planeta Terra

Das nuvens as profundezas terrestres: entenda o ciclo da água no planeta Terra

Toda criança, adolescente, jovem ou adulto, alguma vez na vida se deparou com o termo “ciclo da água”. Pode até ser que você tenha construído seu próprio terrário e produzido um mini ecossistema com seu próprio sistema funcional de “reciclagem hidrológica”. Mas você se lembra exatamente como funciona?

Quase toda água no nosso planeta contribui para a perpetuidade desse sistema, no entanto, nas profundezas mais recônditas da crosta terrestre, um reservatório aquífero pode ser poupado desse processo. Relembre e saiba um pouco mais sobre o ciclo da água, fatores que podem alterar o fenômeno e algumas curiosidades.

Você se lembra de como as nuvens são formadas?Fonte:  Getty Images 

De onde a água vem?

Quando citamos o fenômeno, não é incomum pensarmos que apenas reservatórios superficiais, como rios, represas, lagos e florestas participam do ciclo. No entanto, tudo o que contém água possui capacidade para contribuir para a continuidade desse processo.

A maior reserva aquífera do nosso planeta está nos oceanos, com o equivalente a 1,3 bilhões de quilômetros cúbicos. No entanto, outras reservas são essenciais, como as geleiras e águas subterrâneas.

As geleiras são o segundo maior reservatório de água no planeta.As geleiras são o segundo maior reservatório de água no planeta.Fonte:  Getty Images 

Em relação às águas subterrâneas, sabe-se que os lençóis aquíferos mais superficiais, em profundidades de até 2km, desempenham papéis mais ativos para a manutenção do ciclo, visto que o contato com a superfície é mais facilitado por fendas, rochas porosas e cristalinas, ou mesmo por exploração humana.

No entanto, há também reservas de água salgada em profundidades superiores a 10km. Por suas características químicas e dificuldade de acesso, ainda não se sabe ao certo como esses reservatórios contribuem para o ciclo hidrológico.

Mas além desses mega reservatórios, cada ser que respira no planeta contribui com uma gotinha de água nesse fenômeno vital.

Relembrando o ciclo da água

Para relembrar, o ciclo da água é um fenômeno de “reciclagem hidrológica”, onde a água em estado líquido passa por um processo de evaporação, forma nuvens onde a água pode ser encontrada em estado condensado (gelo), e que quando atinge o limite, precipita novamente sobre o solo.

Apesar de "simples" o ciclo exige muita energia do sistema.Apesar de “simples” o ciclo exige muita energia do sistema.Fonte:  Getty Images 

Ainda que pareça um processo simples, o ciclo hidrológico exige muita energia do sistema, assim como condições “ideais” para que ele ocorra de forma satisfatória. A fonte primária de calor para evaporação de toda essa água é o Sol, assim, o tempo de exposição dessas fontes aquíferas é o que contribui para manutenção do sistema.

No entanto, climas muito extremos tendem a sofrer nesse processo. Em locais muito frios, o processo de evaporação ocorre de maneira mais lenta, visto que o Sol tem que dar conta de ceder energia suficiente para aquecer aquele volume de água.

Já em outro extremo, em regiões muito secas, como desertos, o ciclo é lenhificado devido à escassez de água para que as trocas sejam realizadas satisfatoriamente, havendo poucas chuvas e em épocas bem definidas. Nos casos desérticos, boa parcela da água é oriunda de reservatórios subterrâneos.

Em contrapartida, locais com barreiras físicas e alta umidade, como regiões de encostas e montanhas, podem sofrer com um excesso de chuvas.

Sempre a mesma chuva?

A chuva que ocorreu na semana passada não é oriunda da mesma água que você usou na taque de roupas há um mês. Lembra que eu disse que não era tão simples? Toda água evaporada é levada para a atmosfera, que reserva boa parte desse vapor no formato de nuvens.

Sabemos que a Terra gira e que esse rodopio gera ventos devido ao efeito Coriolis. O “vento” responsável pelas chuvas recebe geralmente o nome de Ventos Alísios, que são quentes e úmidos, formados pelas diferenças de temperatura entre os trópicos e os polos.

Não existem "rios" apenas no solo.Não existem “rios” apenas no solo.Fonte:  Getty Images 

Essa movimentação arrasta a umidade da atmosfera em trajetos ao longo de regiões de baixa pressão, que munidas da umidade coletada nos oceanos, contribui para a formação de nuvens de chuva. Esse movimento inclusive ganha um nome bastante característico de Rios Voadores, ou ainda, Rios Aéreos.

Assim, a chuva de você hoje, pode ser oriunda das águas do oceano, quiçá de outro continente, tudo graças ao ciclo da água e a movimentação dos ventos atmosféricos.

Só para descontrair

Você já imaginou como a água sabe que deve chover “doce” sobre os rios e “salgada” nos oceanos? A resposta, na verdade, é bem simples.  As moléculas de água sempre irão evaporar em temperaturas de 100 °C ao nível do mar e quando puras.

O que facilita muito o processo para a água doce. No entanto, ainda que a evaporação ocorra alguns graus acima para a água salgada, apenas a molécula de água irá evaporar.

A molécula “limpa” de água evapora, enquanto os outros componentes cristalizam. Assim, toda água evaporada será doce, e ao cair nos oceanos, ela volta a se misturar com os sais dissolvidos no mar, o que contribui, inclusive, para o controle da salinidade dos mares.

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Fonte Original do Artigo: www.tecmundo.com.br

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