Como Tamer El Guindy mudou o fisiculturismo brasileiro – 08/02/2025 – Músculo

Como Tamer El Guindy mudou o fisiculturismo brasileiro – 08/02/2025 – Músculo

Produtor do Olympia, CEO da Musclecontest e representante oficial do Brasil em assuntos relacionados à liga profissional da Federação Internacional de Fisiculturismo & Fitness (IFBB), o empresário e ex-atleta Tamer El Guindy é uma das figuras mais notórias do esporte nacional atualmente.

Tida como um dos principais fatores que proporcionaram a popularização do fisiculturismo nacional, a Musclecontest foi um divisor de águas. Por meio dos campeonatos que a empresa organiza, diversos atletas brasileiros conquistaram o cartão profissional e a vaga para o Olympia.

O sonho

Segundo o empresário, o sonho de alavancar o fisiculturismo no Brasil começou quando, ainda na adolescência, foi estudar nos Estados Unidos. “Mesmo depois de concluir meu curso, continuei lá treinando (…) quando eu competia, nenhum americano torcia por mim. Afinal, eles queriam um campeão americano. Os únicos que torciam por mim eram da minha família. Isso me dava um aperto no coração, eu queria ver mais brasileiros competindo”, lembra o bicampeão do Mister USA.

A falta de compatriotas nas competições estadunidenses despertou em Tamer o desejo de “dar oportunidade à próxima geração” de fisiculturistas brasileiros. “A Musclecontest veio abrir as portas para essa potência que o Brasil sempre foi. Hoje, somos o segundo maior país do mundo”, completa.

Fisiculturistas X pessoas “normais”

Para o promotor, o principal mérito da empresa foi “conectar os brasileiros que praticam musculação aos seus heróis”.

“Os maiores atletas do mundo se inspiram em pessoas ‘normais’. Lembro que, quando eu treinava na ‘Gold’s Gym’ e via alguma senhora treinando, eu pensava: ‘essa pessoa está aqui dando o seu melhor. Como eu, que tenho isso como a minha vida, posso estar reclamando?’ Então esse ciclo – pessoas ‘normais’ inspirando atletas e atletas inspirando pessoas ‘normais’ – é o que a gente vê ocorrendo”, comenta o ex-atleta ao falar da relação entre o público que enxerga a musculação como uma prática saudável e a parcela que vê na academia um estilo de vida.

O que falta ao Brasil?

O país mais dominante do fisiculturismo mundial é, sem dúvidas, os Estados Unidos. A nação sedia os principais campeonatos profissionais do planeta, como por exemplo o New York Pro e o Arnold Classic Ohio – além do Olympia, conhecido como a “Copa do Mundo” desse esporte.

A ascensão do Brasil, entretanto, fez diversos fãs imaginarem a possibilidade do país sediar o Olympia em algum momento. Para Tamer, a ideia pode ser inviável na atualidade, mas discorda da alegação de que a nação precisa disso para alcançar o topo: “é uma possibilidade, ainda que difícil – principalmente por questões econômicas (…) Sediar o evento não é um ponto chave para se tornar a principal potência mundial. Um exemplo é o próprio EUA, que sediou uma Copa do Mundo e não se tornou a maior potência do futebol”.

De acordo com o empresário, o público é fundamental para uma eventual mudança nos panoramas mundiais: “o que falta para o Brasil ser o melhor do mundo? Falta o brasileiro acreditar nos atletas do país. Muitos criticam nossos ídolos, como o Rafael Brandão e o Ramon, por exemplo”.

Por fim, Tamer conclui que, no momento, seu sonho é “ver o Brasil assumir o papel de ser o principal país do fisiculturismo mundial.”


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Fonte Original do Artigo: redir.folha.com.br

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