
Cleo lamenta descoberta de doença autoimune e médica explica: ‘Risco de desenvolver’
- Famosos
- 15/07/2025
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A atriz Cleo foi diagnosticada com a tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune que afeta a qualidade de vida de forma significativa. A revelação foi feita em setembro de 2023 durante uma participação no podcast PodDelas. A cantora passou a cuidar mais da saúde após descobrir a doença.
“A Tireoidite de Hashimoto é como se os seus anticorpos entendessem que a sua tireoide é um corpo estranho dentro do seu organismo. É uma doença autoimune, então eles começam a atacar a sua tireoide e produzem todos esses hormônios. Você fica totalmente debilitada, fica esquecida, exausta, tonta, não consegue ficar deitada. É horrível”, desabafou, na época.
CARAS Brasil entrevista a Dra. Cibele Spinelli, médica nutróloga, para entender o que é essa doença e quem pode ser alvo do mesmo diagnóstico da atriz.
“A Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune em que o próprio sistema imunológico ataca a glândula tireoide, levando a uma inflamação crônica e, com o tempo, à destruição progressiva do tecido tireoidiano. Isso compromete a capacidade da tireoide de produzir hormônios essenciais para o metabolismo”, explica.
“É considerada uma doença autoimune porque o corpo passa a produzir anticorpos contra componentes da própria tireoide, como a tireoperoxidase (TPO) e a tireoglobulina. Esse ataque imunológico é persistente e independe da presença de infecções ou agentes externos”, acrescenta.
Segundo a especialista, essa doença pode provocar uma série de sintomas que afetam a qualidade de vida e até a autoestima do paciente. Por isso, um diagnóstico preciso e um tratamento adequado fazem toda diferença na luta.
“Os sintomas mais comuns incluem cansaço excessivo, ganho de peso, queda de cabelo, pele seca, constipação intestinal, intolerância ao frio, alterações no humor (como depressão ou ansiedade) e irregularidades menstruais. Em alguns casos, o início é silencioso e os sinais surgem de forma lenta e progressiva”, diz.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA TIREOIDE DE HASHIMOTO?
Cibele explica que a descoberta da doença é feita por meio de exames laboratoriais que avaliam os níveis de TSH, T3 e T4, além da dosagem dos anticorpos antitireoidianos (anti-TPO e anti-tireoglobulina).
“O ultrassom da tireoide também pode mostrar alterações características, como heterogeneidade e redução da ecogenicidade da glândula. Mulheres, especialmente entre os 30 e 50 anos, são mais suscetíveis, assim como pessoas com histórico de outras doenças autoimunes, como diabetes tipo 1, lúpus ou artrite reumatoide”, alerta. “A prevalência também é maior entre familiares de pacientes com Hashimoto”, complementa.
“Sim, o fator genético tem um papel importante. Ter parentes de primeiro grau com Hashimoto ou outras doenças autoimunes aumenta consideravelmente o risco de desenvolver a condição”, finaliza a médica.