Christiane Torloni e Antonio Fagundes avaliam os rumos da TV aberta: ‘Erro de querer imitar’

Christiane Torloni e Antonio Fagundes avaliam os rumos da TV aberta: ‘Erro de querer imitar’

Em entrevista à Revista CARAS, Christiane Torloni e Antonio Fagundes, em cartaz com Dois de Nós, ainda falam sobre o desafio de fazer teatro no Brasil

Após décadas com o status de estrelas globais, tanto Christiane Torloni (68) quanto Antonio Fagundes (75) encerraram seus contratos com a Globo e já deixaram claro que a nova fase é permeada pela liberdade artística. Em entrevista à Revista CARAS, as celebridades – que protagonizaram um dos casais mais icônicos das novelas, Diná e Otávio, de A Viagem, de 1994 – abrem o coração e avaliam os rumos da TV aberta.

“Para chegar mais perto do público, estão cometendo o erro de querer imitar a internet. As novelas antigas tinham cenas de 10, 15 minutos. Hoje em dia isso é impossível, tudo é muito rápido. O teatro é um refluxo disso. O teatro te permite ter calma, baixar a poeira. Você chega, senta e fica vendo durante uma hora e meia atores te contando uma história. Você entra na história e sai de lá modificado”, compara Fagundes.

“Na época das cavernas, a gente fazia isso, ficava na beira da fogueira conversando. Precisamos um do outro para continuar sendo quem somos, senão a gente se desumaniza e o teatro é uma manifestação humanista. Mudanças são importantes, mas abandonar um legado que nos constitui é estupidez. A gente precisa manter essa conexão para acabar com a hostilidade global que vivemos”, frisa Torloni.

A paixão pelas artes sempre foi o grande denominador comum entre a dupla, que há mais de 40 anos divide a cena na teledramaturgia. Após todo esse período, havia uma aresta a ser rompida. Eles nunca tinham se encontrado nos palcos, mas recentemente deram início a mais esse capítulo da relação com o espetáculo Dois de Nós, no qual ainda contracenam com Alexandra Martins (45) e Thiago Fragoso (43), no TUCA, em São Paulo. “A gente esperou muito por isso”, diz o ator, carinhosamente chamado por Torloni de Fafá.

É consenso entre a dupla que fazer teatro no Brasil é um desafio e tanto. “Durante a pandemia, vivemos um movimento político no Brasil de caça às bruxas em relação à classe artística. Fomos demonizados. Os governos acham que conseguem manipular a cabeça do povo, mas quem vota tem outras urnas. Quando você compra o ingresso de uma peça, está fazendo uma ação cidadã. O público diz: ‘Vamos onde quisermos, veremos o que quisermos’. Isso é plural e as plateias lotadas dão lição de cidadania”, salienta a atriz.

Leia também:Christiane Torloni revela experiência sobrenatural na época de ‘A Viagem’

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Fonte Original do Artigo: caras.com.br

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