
Brasil recebe 14 chefes de Estado no Rio durante cúpula do Brics
- Goiás
- 06/07/2025
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Cúpula
Mauro Vieira refutou críticas de que a reunião estaria “esvaziada”, classificando essa leitura como “superficial”
Reunião da cúpula do Brics começa neste domingo (6) – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A 17ª Cúpula do Brics começa neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, reunindo representantes de 21 países emergentes. Até segunda-feira (7), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, irá receber pessoalmente 14 chefes de Estado que chegaram à cidade para participar do encontro — apesar das ausências de nomes de peso como o líder chinês Xi Jinping, o presidente russo Vladimir Putin, o presidente do Egito, Abdul Fatah Al-Sisi, e o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.
Em entrevista à Folha de São Paulo, o chanceler Mauro Vieira refutou críticas de que a reunião estaria “esvaziada”, classificando essa leitura como “superficial”. Segundo ele, a ausência de alguns líderes não retira a relevância do evento. “Trump precisou voltar a Washington no meio de uma reunião do G7 no Canadá, e ninguém lá falou em cúpula esvaziada”, afirmou o chanceler.
Vieira também respondeu a críticas de que o governo Lula manteria proximidade maior com países como China e Rússia, em detrimento de relações com os Estados Unidos. “Não, não é assim. Há uma intimidade entre Lula e Xi Jinping, que já se encontraram diversas vezes ao longo de mais de dez anos de mandatos, mas isso não significa preferência”, declarou
Questionado sobre uma eventual aproximação entre Lula e o ex-presidente norte-americano Donald Trump, Vieira disse acreditar que, se houver oportunidade, os dois vão se entender bem. “Eles ainda não se encontraram pessoalmente. Mas na hora em que isso acontecer, seguramente vão se dar bem. O presidente Lula sempre teve bom contato com outros presidentes americanos”, comentou.
Com reforço de tropas federais e até caças armados com mísseis, o Rio de Janeiro vive um esquema de segurança digno de grandes eventos, autorizado por decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) até quarta-feira (9). A expectativa do governo brasileiro é que a cúpula fortaleça o protagonismo do Brasil na presidência temporária do bloco, que se estende até o fim de 2025, e mostre a relevância do Brics como polo alternativo no cenário internacional.
Com informações da Folha de S. Paulo