Aliado de Trump, senador usa ChatGPT para consultar sobre diplomacia

Defensor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) utilizou o ChatGPT para fazer consultas sobre diplomacia internacional. Ao Metrópoles, ele afirmou que o objetivo é desenvolver um aplicativo de inteligência. O parlamentar foi flagrado utilizando a ferramenta nesta quarta-feira (12/3), durante reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado.

Marcos do Val tem um controverso histórico da área. No caso do plano para gravar ilegalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, o senador afirmou a aliados que tinha contato com a “inteligência americana”. Em depoimento à Polícia Federal, ele assumiu tratar-se de um blefe. Ele também alardeia ter recebido suposto treinamento da S.W.A.T, unidade especial de polícia dos EUA.

6 imagens

Fechar modal.

1 de 6

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) consulta ChatGPT para desenvolver app sobre inteligência e diplomacia internacional.

Lula Marques/X

2 de 6

Senador Marcos do Val recebeu negativa em pedido feito à PGR

Breno Esaki/Metrópoles

3 de 6

Senador Marcos do Val (Podemos-MS)

Waldemir Barreto/Agência Senado

4 de 6

Igo Estrela/Metrópoles
@igoestrela

5 de 6

Marcos do Val teve seu celular funcional apreendido pela PF em junho do ano passado

Metrópoles

6 de 6

O senador Marcos do Val e o ex-presidente Jair Bolsonaro

Reprodução/Facebook

Na pesquisa flagrada no Senado, Marcos do Val consulta o ChatGPT sobre “diplomacia parlamentar”. O aplicativo de IA, então, afirma que essa atividade pode fortalecer “sua atuação como interlocutor entre os dois países, ampliando sua influência internacional e sua capacidade de articulação”. A ferramenta também fala sobre convites oficiais do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

“Trabalho há mais de 30 anos no setor de inteligência, incluindo o desenvolvimento de programas estratégicos nessa área. Qualquer profissional minimamente informado sabe que se basear em suposições rasas sobre inteligência é um erro básico”, afirmou o senador ao ser questionado pela reportagem.

Espontaneamente, o parlamentar também reclamou sobre a exposição de um suposto plano secreto. “Para quem trabalha na área de segurança e de inteligência, expor um “suposto plano secreto” tirando foto de um celular de forma oportunista e sem contexto só prova o amadorismo dessa imprensa de que tenta vender essa teoria”.

Fonte Original do Artigo: www.metropoles.com