
‘Alertas que o corpo envia’
- Famosos
- 16/04/2025
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Em entrevista à CARAS Brasil, a médica integrativa Olívia Grimaldi dá detalhes da doença de Hashimoto, que acomete Lexa e outras famosas
Lexa (30) é uma das celebridades que já revelou conviver com a doença de Hashimoto e seus sintomas —que incluem cansaço extremo, queda de cabelo, alterações de humor, ganho de peso e até mesmo dificuldades de concentração. Em muitos casos, os sinais podem ser atribuídos ao estresse ou idade, deixando passar o diagnóstico e os alertas que a saúde dá.
Em entrevista à CARAS Brasil, a médica integrativa Olívia Grimaldi explica que a doença que Lexa convive é uma condição autoimune, que afeta a glândua da tireoide, levando à redução progressiva da produção de hormônios essenciais para o organismo. Silenciosamente, ela impacta o bem-estar, fertilidade e metabolismo feminino.
“Trata-se da principal causa de hipotireoidismo no mundo, mas ainda é subdiagnosticada, especialmente em mulheres que acreditam estar apenas sobrecarregadas“, explica a médica, que acrescenta ao dizer que a condição pode comprometer o metabolismo, desregular o equilíbrio hormonal, afetar o humor e dificultar a gestação.
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A especialista explica que, mesmo em estágios iniciais, a doença pode provocar sintomas significativos. Abaixo, ela lista alguns principais sinais que, em muitos casos, são erroneamente atribuídos a outros fatores e acabam sendo negligenciados por anos.
- fadiga constante;
- sono não reparador;
- alterações no intestino;
- pele mais seca;
- cabelos ralos;
- ansiedade leve ou depressão;
- ciclos menstruais desregulados.
“Muitas mulheres ouvem que é normal se sentir assim, principalmente após os 30 anos. Mas normal não é o mesmo que saudável. Esses sintomas são alertas que o corpo envia“, destaca Grimaldi. A doença tem uma prevalência maior entre mulheres, especialmente na faixa etária entre 30 e 50 anos.
Ela explica que esse dado acontece pelo próprio funcionamento do sistema imunológico feminino, que é mais reativo e, logo, mais suscetível a disfunções autoimunes. Puberdade, gestação e menopausa são considerados períodos críticos, já que os altos e baixos hormonais, principalmente de estrogênio e progesterona, intensificam a vulnerabilidade da tireoide.
“São nesses momentos que, muitas vezes, o corpo dá os primeiros sinais e, se houver atenção, podemos agir precocemente“, completa a médica. Ela diz que, por isso, a visibilidade que celebridades trazem para o tema tem sido extremamente benéfica.
Além de Lexa, nomes como Cleo Pires (42), Gigi Hadid (29) e Zoe Saldaña (46) também já falaram sobre o diagnóstico. “Esses relatos têm um impacto social enorme. Muitas pacientes chegam até mim porque se reconheceram em uma reportagem ou entrevista com uma famosa. Isso humaniza a doença e promove diagnóstico precoce.”
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