Acusado de bater na amante, Payet depõe na polícia do Rio de Janeiro

INQUÉRITO

Payet afirma ter sido chantageado pela amante Larissa Ferrari, que supostamente queria ser bancada na França; ela nega

Acusado de agressão pela ex-amante Larissa Ferrari, o jogador francês Dimitri Payet, do Vasco da Gama, depôs na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. O ex-meiocampista da seleção da França negou as acusações e disse que estava sendo pressionado por Larissa a custear a vida dela na Europa, com objetivo de manter a relação extraconjugal.

Payet negou que tenha submetido a amante a violência ou humilhação. Segundo ele, as práticas sadomasoquistas eram feitas “em comum acordo”. O jogador contou que Larissa pedia para ser “urinada” por ele e que a prática de beber urina era normal entre eles. O francês contou também que ela enviou para o telefone dele “um vídeo em que, espontaneamente, bebia sua própria urina e colocava sua cabeça no vaso sanitário”.

Ele disse que realmente dava tapas em Larissa durante a prática sexual, mas argumentou que o fazia a pedido dela, e que ficavam marcas porque ela tem “a pele muito clara, qualquer pressão, mesmo que leve, já deixava alguma marca”. Outra justificativa que ele deu para os sinais nas pernas dela são os locais que eles escolhiam para se relacionar, como cadeiras.

No que diz respeito à susposta chantagem, Payet relatou que esse comportamento teve início depois que ele se recusou a bancar Larissa na França. Larissa, então, teria dito que iria “fazer uso de medicamentos para ansiedade”. A relação esfriou e as mensagens diminuíram e eles pararam de se ver pessoalmente.

O jogador disse que Larissa ameaçou expor os “segredos” dele em mensagens enviadas no dia 29 de março e que foi surpreendido ao ver a história ganhar repercussão na mídia após a advogada revelar a relação.

O que diz a amante de Payet

Em entrevista à colunista Fábia Oliveira, Larissa havia afirmado que a versão apresentada pelo francês é falsa e que nunca pediu para que fosse “bancada” na Europa. “Eu havia conversado com ele para sabermos como poderíamos fazer quando ele fosse embora, porque eu sempre gostei genuinamente e me preocupava com o nosso rompimento”, disse.

“Mas não foi como ele alegou, como se eu quisesse que ele me bancasse para morar em outro país, isso não é real”, garantiu a advogada.