Polícia prende 11 pessoas que aplicavam golpe do falso empréstimo no RJ

Neste sábado (28), 11 pessoas foram presas por aplicarem golpes com uma falsa central de atendimento em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que o grupo tinha um escritório que funcionava como uma central de atendimento clandestina. Por meio de telemarketing, eles aplicavam fraudes de empréstimo consignado.

Os agentes encontraram diversas anotações sobre movimentações financeiras no estabelecimento e um roteiro sobre como os atendes deveriam agir, por telefone, para convencer as vítimas a aceitarem o empréstimo.

Segundo a polícia, uma das vítimas, natural do Espírito Santo, caiu no golpe da quadrilha duas vezes.

Os investigadores descobriram que os golpistas da central de atendimento consultavam os dados bancários dos clientes, analisavam empréstimos e ofereciam falsas vantagens.

Após convencer a pessoa, os suspeitos diziam que ela deveria depositar uma quantia em dinheiro para quitar o empréstimo original. Porém, nenhuma parcela era paga.

De acordo com os policiais, os funcionários do falso telemarketing sabiam que a empresa aplicava golpes. Todos foram presos em flagrante e deverão responder por organização criminosa.

Segundo a advogada e especialista em direito do consumidor, Cátia Vita, bancos não cobram valores para liberar empréstimo: “O consumidor deve ficar desconfiado quando a pessoa inicia a conversa falando que, para ter o empréstimo, deverá realizar um pagamento antecipado. Muitas vezes golpistas pegam toda a documentação do consumidor e dizem que o crédito foi aprovado mediante um depósito prévio. Isso é golpe.”

A advogada ainda afirma que, se o pagamento realizado pela vítima foi por Pix, ela pode conseguir recuperar o dinheiro: “A pessoa que sofreu esse golpe, deve entrar em contato com o banco que ela fez o Pix para tentar estornar esse valor. Ela também deve procurar uma delegacia com todas as provas e documentos para registrar a ocorrência. Dessa forma a polícia consegue localizar os criminosos. “