Botos são achados mortos em lago da amazônia pelo 2º ano – 20/09/2024 – Ambiente

Botos são achados mortos em lago da amazônia pelo 2º ano – 20/09/2024 – Ambiente

A carcaça de um filhote de boto é vista na margem arenosa, exposta pelo recuo das águas de um lago na amazônia que está secando por causa da maior estiagem já registrada na região.

Pesquisadores descobriram o animal na quarta-feira (18) e mediram a temperatura da água, que vem subindo à medida que o nível do lago diminui. Na seca de 2023, mais de 200 botos ameaçados de extinção morreram no lago Tefé, na cidade de mesmo nome no Amazonas, por causa da alta temperatura da água.

“Nós temos encontrado vários animais mortos. Na semana passada, nós tivemos uma média de um por dia”, afirma Miriam Marmontel, chefe do projeto de pesquisa em mamíferos aquáticos amazônicos no Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

“Nós não estamos ainda associando com a mudança de temperatura da água, a temperatura excessiva, mas à exacerbação da proximidade entre as populações humanas, principalmente pescadores e os animais”, acrescentou.

Com os braços dos grandes rios da bacia amazônica secando, o lago conectado ao rio Solimões encolheu, deixando menos espaço para os botos em seu habitat favorito.

O maior canal do lago, com 2 metros de profundidade e 100 metros de largura, é usado para o tráfego de vários tipos de embarcações, de canoas a balsas, explica Marmontel. Dois botos foram mortos por atropelamento de barcos nas águas rasas do local.

“Ninguém imaginaria que essa seca chegaria tão rápido assim, nem imaginamos que ela superaria a seca do ano passado”, diz o pescador Clodomar Lima.

Embora a morte de botos não esteja nem próxima à vista em 2023, a temporada de seca ainda tem pelo menos mais um mês, e o nível dos rios continua caindo, destaca a pesquisadora.

Comunidades ribeirinhas na amazônia estão presas por falta de transporte, com as águas muito rasas para que os barcos possam trafegar, deixando suas casas flutuantes sobre o chão sólido.

Até as casas construídas sobre palafitas na água estão altas e secas, também distantes das margens do rio.

Francisco Álvaro Santos, morador do entorno do lago Tefé, conta que, pela primeira vez na história, sua casa não está sobre a água.

“A água é tudo para nós, ela é parte do nosso dia a dia. A água é o nosso meio de transporte, para todos os que moram nas casas flutuantes. Sem a água nós não somos ninguém”, lamenta.

Fonte Original do Artigo: redir.folha.com.br

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