À CNN, Coronel Mello Araújo promete elevar GCM a “padrão de qualidade“ da Rota

À CNN, Coronel Mello Araújo promete elevar GCM a “padrão de qualidade“ da Rota

O coronel aposentado Mello Araújo (PL), candidato a vice-prefeito na chapa de Ricardo Nunes (MDB), disse que, se for eleito, vai elevar a Guarda Civil Metropolitana (GCM) ao padrão de qualidade das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) – a unidade de elite da polícia militar paulista.

A declaração ocorreu nesta terça-feira (24) em entrevista à CNN, conduzida pela jornalista Muriel Porfiro ao lado dos analistas de política Julliana Lopes e Pedro Duran.

“Nós temos uma guarda muito bem preparada e equipada, e eu posso deixá-la muito melhor que isso”, disse o candidato.

De acordo com Mello Araújo, “eu consigo fazer essa guarda ter um padrão, olha as palavras, padrão de qualidade no padrão Rota. Eu consigo, eu sei fazer isso”.

“No meu comando, dois anos lá [na Rota], nenhum policial morreu e nenhum foi preso”, declarou.

Quando questionado sobre como chegaria a esse padrão, o candidato afirmou que seria com “treinamento” e “valorização” dos agentes da corporação.

“Com treinamento, com valorização, a gente fazer essa guarda trabalhar, trazendo uma sensação de segurança muito melhor”, afirmou.

Segundo o representante do PL, ele será capaz de diminuir os índices de criminalidade na capital paulista sem aumentar a violência.

“Eu comandei batalhões do interior e a tropa que eu comandava sempre foi… Ela conseguia se destacar positivamente em termos de diminuir crime. E tenho trabalho premiado, feito por mim, defendido, tese. Ou seja, trabalho científico comprovado. Recebi, pelo Instituto Sou da Paz, prêmio da mão do governador, prêmio em dinheiro por diminuir crime sem utilizar de violência”, destacou.

Ele ainda creditou os índices de letalidade nas operações policiais em São Paulo à atuação dos criminosos.

“Essa questão de letalidade que a gente escuta, isso aí, para a gente que é da área de segurança, isso é a coisa mais absurda. Quem escolhe o destino não é o policial, que ninguém sai para a rua querendo matar os outros. Quem escolhe o que vai acontecer é o criminoso. Se o criminoso não larga a arma, ele vai perder sempre, porque a gente tem treinamento”, concluiu.

Atuação do PCC

A respeito da presença da organização Primeiro Comando da Capital (PCC), por exemplo, no sistema de ônibus paulistano, ele lembrou que a prefeitura é “gigantesca” e que “muitas coisas demoram, às vezes, para chegar com a pessoa de direito, que tem o poder de decidir de resolver as coisas”.

Já sobre a infiltração de criminosos nas forças de segurança, o candidato do PL disse que “infelizmente” o Poder Judiciário “é muito lento” e que bandidos acabam se aproveitando dessa falta de agilidade.

“A gente pede a prisão desse policial e, às vezes, não sai. Porque quem decreta a prisão é o Judiciário”, ele observou, completando que “existe esse interesse em resolver o problema, mas se esbarra na lei”.

Dependência química

Mello Araújo afirmou ter conversado com diversos especialistas sobre o tratamento de usuários de drogas como os que se concentram na região da Cracolândia, no centro de São Paulo.

Segundo ele, a internação compulsória seria a solução “mais dolorosa”, mas “que resolve” o problema.

“Se eu tivesse um filho lá [na Cracolândia], largado lá, dependente, eu gostaria que ele fosse internado. Muitos que estão lá não têm parente para assinar a internação, estão largados lá. Eu entendo que a internação compulsória seria a solução”, disse.

O candidato, que é pós-graduado em Fisiologia do Exercício pela Universidade de São Paulo (USP), acrescentou que os usuários “não produzem mais dopamina [neurotransmissor relacionado ao prazer e ao humor]”, por isso precisam consumir drogas frequentemente “para ter uma sensação boa”.

Agressões durante debates

Mello Araújo afirmou estar “muito decepcionado” com as atitudes vistas nos debates entre candidatos à prefeitura paulistana.

Ele chamou de “show de horrores” os episódios recentes, como o soco no rosto em Duda Lima. O marqueteiro de Ricardo Nunes foi agredido por Nahuel Medina, integrante da equipe do candidato do PRTB, Pablo Marçal.

Apesar de considerar Marçal como um candidato “que confunde o povo”, ele afirmou ser contra a exclusão dele das entrevistas.

“É importante que as pessoas conheçam os candidatos. Agora, a forma como está sendo, realmente, é bem complicado. É um caso de polícia”, pontuou.

Função de vice

O candidato reforçou a ligação com Ricardo Nunes e disse não existir “chapa dos sonhos”.

“Eu tenho minhas qualidades e tenho meus defeitos. O Ricardo tem as qualidades dele e tem os defeitos dele”, afirmou.

Para o representante do PL, “quando existe a divergência, é muito bom, porque a gente vai chegar no meio termo, vai chegar num ponto que seja bom para todo mundo”.

Ele disse que não é “um homem de baixar a cabeça” e que, caso seja eleito, terá participação ativa na administração municipal.

“O prefeito, ele tem muitas funções, mas o vice também tem. Não é simplesmente só substituir o prefeito quando sai”, declarou.

“Eu tenho conversado com o Ricardo e deixado bem claro, inclusive, em todas as entrevistas, sabatinas que eu tenho comparecido. Que eu estou sendo eleito, eu tenho mandato como ele e eu tenho a minha função. É auxiliá-lo a fazer São Paulo crescer mais ainda”, observou.

O candidato disse: “Vou estar rodando, vou estar vendo onde que está errado para melhorar, vou estar ouvindo a população”.

Sobre a possibilidade de assumir o comando de alguma secretaria com a qual tenha afinidade, como Segurança Pública e Esportes, ele afirmou que deixa “o prefeito muito à vontade nessa escolha” e que irá trabalhar “com qualquer um desde que seja honesto, correto e queira trabalhar”.

Proximidade com Bolsonaro

Mello Araújo agradeceu o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à candidatura dele.

“Se eu estou aqui hoje, eu agradeço ao presidente Bolsonaro”, afirmou.

Ele declarou que a chapa com Ricardo Nunes representa a direita e é a única em São Paulo apoiada pelo ex-presidente.

O representante do PL ainda classificou a tentativa de Pablo Marçal de se colar à figura de Bolsonaro como “estelionato”.

“Quando a gente tenta se aproveitar para enganar as pessoas em benefício próprio, isso aí tem um artigo no Código Penal, artigo 171, estelionato. Eu uso de artifícios, eu tento enganar as pessoas para fazer uma coisa que não é passar a ser”, segundo ele.

Vacinação

O candidato também se declarou contra a obrigatoriedade vacinal.

“Obrigar a tomar, eu sou contra”, segundo ele.

“Acabei tomando uma única dose e não tomei mais. Não vacinei meus filhos [contra a Covid-19]”, relatou.

Segundo Mello Araújo, “as vacinas têm que estar disponíveis”, mas “cada um tem que entender, estudar e fazer o que deseja”.

Celulares nas escolas

A respeito da proibição do uso de celulares em instituições de ensino, o candidato do PL defendeu uma postura “razoável”.

“Eu entendo que é uma postura razoável, nem o 8 nem o 80, né? Eu fico imaginando, se teu… Não sei se vocês têm filho. Se estivesse na escola e, de repente, será que você não gostaria que ele estivesse com celular para uma emergência?”, questionou.

“Ó, respeito ao professor. Está em aula, celular desligado”, pontuou.

Gestão da Ceagesp

Sobre o período em que foi presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), ele disse ter denunciado ao Ministério Público atos de corrupção, porém revelou estar esperando “até hoje ver a prisão” dessas pessoas.

A respeito das denúncias de que teria tentado expulsar o Sindicato dos Empregados em Centrais de Abastecimento de Alimentos (Sindbast) do local, ele afirmou se tratar apenas de uma reorganização da sede para dar melhores condições de trabalho aos funcionários.

Já com relação à nomeação de policiais militares para cargos comissionados, o candidato mencionou se tratar de “uma minoria” e declarou não se guiar por “amizade”.

“É lógico que quando a gente vai assumir uma um cargo desse e precisa preencher algumas vagas, você vai levar pessoas que você conhece, que têm condições de executar o trabalho. Eu não levo por amizade”, completou.

Entrevistas com candidatos

Nesta semana, a CNN exibe uma série de entrevistas com os candidatos a vice-prefeito de São Paulo.

Cada entrevista será transmitida primeiramente ao vivo no canal da CNN Brasil no YouTube, às 15h30, com exibição na televisão no mesmo dia, às 23h30.

Participarão os candidatos mais bem colocados no agregador de pesquisas eleitorais Índice CNN, selecionados de acordo com o resultado mais recente, com sete dias de antecedência.

Ja foi entrevistado:

Ainda serão entrevistados:

As candidatas Marta Suplicy (PT), vice de Guilherme Boulos (PSOL), e Antônia de Jesus (PRTB), vice de Pablo Marçal (PRTB), decidiram não participar. Suas entrevistas foram marcadas, respectivamente, para os dias 23 e 25 de setembro.

Fonte Original do Artigo: www.cnnbrasil.com.br

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