
Ozzy Osbourne criticou desigualdade e beleza carioca em visita ao Brasil
- Famosos
- 22/07/2025
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Ozzy Osbourne foi o primeiro artista a assinar contrato com o Rock in Rio, em 1985. Apesar da honra, o astro do rock que morreu nesta terça-feira (22/7), aos 76 anos, não ficou impressionado com o que viu ao pisar na cidade maravilhosa.
Na autobiografia Eu Sou Ozzy, ele relembra a primeira visita ao Brasil com uma visão crítica e decepcionada.
O Rio de Janeiro vivia a expectativa de sediar a primeira edição do festival, que reuniria 1,3 milhão de pessoas em um terreno baldio em Jacarepaguá. No entanto, nem o público gigantesco nem a presença de nomes como Queen e AC/DC animaram Ozzy diante da realidade que encontrou.
“Eu fiquei desapontado com o lugar”, escreveu. O músico destacou também que ficou impactado pela desigualdade social.
“Havia só um monte de crianças pobres correndo pelo lugar como ratos. As pessoas eram ou absurdamente ricas ou viviam nas ruas — parecia não haver nada no meio”, completou.
As mulheres do Rio de Janeiro também não fizeram jus à expectativa criada pelo jovem ídolo. “Tinha esperado ver a Garota de Ipanema em cada esquina, mas não vi nenhuma”, declarou.
Apesar do choque inicial, Ozzy voltou ao Brasil outras cinco vezes: em 1995, 2008, 2011, 2015 e 2018. Para demonstrar o apreço pelos fãs brasileiros, comemorou os 14 anos da primeira passagem por Porto Alegre, em 2011, com uma lembrança compartilhada nas redes sociais.
Confira:
Luta contra o alcoolismo
A estreia no Brasil também marcou um momento-chave na batalha de Ozzy contra o alcoolismo e o vício em drogas. “Eu estava travado quando entrei no avião”, escreveu.
Segundo ele, após beber uma garrafa inteira de conhaque, desembarcou no Rio e, quando acordou, percebeu que estava desmaiado no corredor do hotel. Sharon Osbourne, sua então esposa, perdeu a paciência e chegou a espetá-lo com um garfo para fazê-lo levantar. Foi nesse momento que Ozzy finalmente reconheceu que enfrentava uma doença.
“Pelo menos agora eu sabia o que era: um verdadeiro alcoólatra praticante. Não podia fingir mais que estava só me divertindo ou que beber era algo que todo mundo fazia quando ganhava um pouco mais de dinheiro. Eu tinha uma doença e ela estava me matando”, desabafou.