Maioria dos deputados é contra fim da escala 6×1 e economia preocupa

Maioria dos deputados é contra fim da escala 6×1 e economia preocupa

Uma nova rodada da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta (2) revela que 70% dos deputados federais são contrários à proposta de acabar com a jornada de trabalho no modelo 6×1, que prevê seis dias de trabalho para um de descanso. O levantamento também aponta que a economia é considerada o principal problema enfrentado pelo Brasil, na opinião de 31% dos parlamentares.

A maior resistência ao fim da escala 6×1 parte dos deputados da oposição ao governo, com 92% contrários à medida. Entre os parlamentares independentes, 74% rejeitam a proposta, enquanto entre os governistas esse índice é de 55% – ou seja, mais da metade mesmo entre os deputados da base aliada.

Já entre os que aprovam, a adesão varia conforme o alinhamento político. Entre os governistas, 44% apoiam o fim do 6×1, 23% entre os independentes e apenas 6% na oposição. A resistência geral torna a pauta uma das menos populares entre os deputados.

A Quaest ouviu 203 deputados (de 513 que compõem a Câmara) entre os dias 7 de maio e 30 de junho de 2025. A margem de erro é de 4,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

VEJA TAMBÉM:

  • Rejeição a Lula cresce entre deputados e atinge pior nível do mandato, aponta Quaest

A rejeição ao fim da escala 6×1 é uma das mais expressivas entre as pautas atualmente em debate no Congresso e foi abraçada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser discutida neste ano. A proposta foi apresentada em fevereiro pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e pede a redução da jornada máxima semanal para 36 horas, distribuídas em quatro dias, com o objetivo de eliminar o modelo 6×1.

Além desta, outras propostas enfrentam forte oposição entre os parlamentares, como a exclusão das verbas do Judiciário do teto de gastos, com 70% de rejeição entre os parlamentares.

Já o projeto que limita os chamados “supersalários” do funcionalismo público é reprovado por 53% dos deputados. Essa proposta busca impedir que vencimentos ultrapassem o teto constitucional de R$ 46,3 mil. Ainda assim, pagamentos acima desse valor seguem ocorrendo, principalmente com o uso de auxílios e gratificações, como mostrou um levantamento divulgado na terça (1º) que mostra uma disparada de 49% em um ano dos chamados “penduricalhos” a magistrados.

Em contraste, algumas medidas contam com apoio expressivo da Câmara, como a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda – apoiada por 88% deles. Também são bem recebidas a liberação para exploração de petróleo na Amazônia (83%) e o aumento das penas para crimes de roubo (76%). Veja abaixo:

Problemas do país

A pesquisa Quaest também ouviu os parlamentares sobre os principais desafios do país, e 31% consideraram a economia como a maior preocupação nacional. Houve uma queda na comparação com o levantamento realizado em agosto de 2023, com 38% naquela rodada.

A violência aparece em segundo lugar, com 23%, marcando um salto em relação aos 7% da pesquisa anterior. A corrupção é apontada por 16% dos entrevistados, seguida por temas diversos (14%), questões sociais (10%), saúde (3%) e educação (2%).

Apenas 1% dos parlamentares disseram não saber ou preferiram não responder.

Fonte Original do Artigo: www.gazetadopovo.com.br

Postagens Relacionadas

Chefe de RH flagrada com CEO em show do Coldplay também se demite

Chefe de RH flagrada com CEO em show do…

Chris Martin se surpreende com reação de casal em show do Coldplay Kristin Cabot, a diretora de RH da Astronomer que…
Idoso é preso por furtar 12 pacotes de café em supermercado de Aparecida

Idoso é preso por furtar 12 pacotes de café…

PREÇO ALTO Ao todo,12 pacotes de café e três bandeijas de mussarela estavam escondidas dentro da calça do idoso. Ele já…
Haddad pede que Bolsonaro deixe governo negociar com EUA

Haddad pede que Bolsonaro deixe governo negociar com EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (24) que a família Bolsonaro precisa “sair do caminho” para que o…