À CNN, Duda Salabert afirma que vai valorizar professor de BH pagando maior salário entre todas as capitais

À CNN, Duda Salabert afirma que vai valorizar professor de BH pagando maior salário entre todas as capitais

A deputada federal e candidata do PDT à Prefeitura de Belo Horizonte, Duda Salabert, afirmou que, caso seja eleita, sua gestão irá valorizar os professores pagando o maior salário para a categoria entre todas as capitais brasileiras.

A declaração foi feita nesta terça-feira (3) em entrevista à CNN, conduzida pela jornalista Muriel Porfiro ao lado dos analistas de política Pedro Duran e Victor Irajá.

“No primeiro dia de mandato, nós vamos protocolar um projeto de lei para que Belo Horizonte pague o maior salário para professores entre as capitais”, disse.

Ela pontuou que o incremento salarial para a categoria terá um custo de “cerca de R$ 200 milhões por ano” e que a medida “manterá a saúde fiscal do município”.

Durante a entrevista, Duda Salabert, que foi professora por mais de duas décadas, lembrou ainda a importância da utilização da tecnologia em contexto escolar.

“A escola tem que voltar a ser atrativa para o professor, no ponto de vista inclusive financeiro. E atrativo também no ponto de vista tecnológico. As escolas têm que se modernizar nesse sentido, justamente para estar em sintonia com o que está acontecendo para além das escolas”, segundo a representante do PDT.

Saúde e esportes

A candidata, que também tem a proposta de aumento para médicos e trabalhadores da saúde, afirmou que não há “falta de dinheiro” na administração de Belo Horizonte, mas sim uma questão de “gestão orçamentária”.

De acordo com Duda Salabert, “está faltando anestesista, o pediatra prefere trabalhar em Contagem [região metropolitana de BH], onde o salário é maior”.

Ela defendeu a realização da próxima edição dos Jogos Pan-Americanos na capital mineira e a replicação da experiência da Prefeitura de Fortaleza, sob o comando de José Sarto (PDT), com os Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Rede Cuca).

Segundo Duda Salabert, é preciso “escolher as regiões que têm maior vulnerabilidade socioeconômica do município e, naqueles locais, colocar equipamentos de poliesportivo público, com piscinas olímpicas para formar atletas, quadras e pontos de lazer e de cultura para a população que foi historicamente marginalizada”.

Mobilidade urbana

A candidata afirmou que a capital mineira tem o “segundo pior trânsito” do país” e um dos piores transportes públicos do Brasil”.

Se for eleita, disse que irá rever os contratos de prestação de serviço de transportes em Belo Horizonte.

“Então, primeiro, [vou] rever esses contratos que fazem com que o dinheiro público seja mal utilizado”, segundo ela.

Ainda na questão da mobilidade urbana, ela também defendeu a municipalização da gestão do Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, conhecido como Anel Rodoviário de Belo Horizonte.

“Essa é uma frase que eu não gosto de falar, porque é uma frase muito forte. Mas muita gente fala, e corretamente, que o anel rodoviário, ele é quase um cemitério a céu aberto em Belo Horizonte pela quantidade de acidente que ali acontece”, afirmou.

Candidatura isolada

Duda Salabert creditou o fato de sua candidatura não receber apoio de nenhum dos outros partidos na disputa ao preconceito por ela ser uma pessoa transexual.

“Era para ter dez, 12 partidos apoiando. Mas eu sei perfeitamente que é um preconceito que perpassa e formata a política”, disse.

Segundo a candidata, a atitude “faz com que a política não acompanhe o ritmo da sociedade”.

Ela comentou ainda as críticas que sua candidatura recebe por ser considerada “identitária”.

“Setores da sociedade, sobretudo da ultradireita, tentaram criar uma caricatura sobre nós de que nós somos uma candidatura identitária. Eu não sou uma candidatura identitária. Eu não vou, não fui eleita e não serei eleita para discutir se o correto é ‘obrigade’, ‘obrigado’ ou ‘obrigada’. Eu não fui eleita para discutir qual banheiro eu vou usar pessoalmente. Eu fui eleita para discutir questões importantes para a cidade”, completou.

Alianças políticas

Sobre não ter se unido a outro nome da esquerda na disputa, Rogério Correia (PT), Duda afirmou confiar nos estudos de viabilidade eleitoral realizados pela campanha dela.

“Fomos conversar com o campo progressista e colocamos como critério pesquisa eleitoral, aquele nome que tiver maior viabilidade eleitoral, maior chance de ir para o segundo turno, maior chance de vencer as eleições”, disse.

A candidata afirmou: “Não vou participar de um processo eleitoral para ficar mais popular, demarcar uma posição ou mostrar uma ideologia. Esses aspectos são importantes, no entanto, eu pessoalmente só participaria de processo eleitoral se tivesse chance e viabilidade de vencer”.

Ela acredita ainda que “pela primeira vez em 20 anos, o campo progressista vai para o segundo turno” das eleições em Belo Horizonte.

Ao ser questionada sobre a falta de proximidade com o ex-prefeito, Alexandre Kalil (PSD), ela minimizou a importância dele no cenário político.

“Todo respeito a ele, mas [Alexandre Kalil] está longe de ser uma grande força eleitoral”, afirmou.

Ela também negou ter ficado decepcionada com o apoio de Kalil ao adversário em primeiro lugar na corrida eleitoral, Mauro Tramonte (Republicanos), e voltou a falar em discriminação.

“Então, não é especificamente Alexandre Kalil, são os partidos em geral”, disse, completando que “o preconceito, infelizmente, está nos partidos e quadros políticos arcaicos em BH”.

Política climática

Duda Salabert afirmou que é preciso atualizar a política climática de BH para diminuir o aquecimento da cidade que, segundo ela, “foi a capital que mais aqueceu no último ano”.

A candidata pontuou que “esse clima quente, árido, hoje é um clima de deserto que tem dificultado e impactado inclusive a saúde das crianças e de todo mundo”.

Ainda no tema das mudanças climáticas, ela fez questão de dizer que o respeito ao meio ambiente é prioritário para a campanha, que está sendo feita sem papel impresso como em eleições anteriores.

“Nós estamos fazendo uma campanha ‘Lixo Zero’. Não imprimi nenhum santinho, nenhum panfleto, nenhum adesivo, nada. Vamos fazer uma campanha em respeito ao meio ambiente. Porque eu me tornei a pessoa mais bem votada da história de Belo Horizonte sem imprimir um papel, me tornei a deputada federal mais votada de Minas Gerais sem imprimir um papel”, ressaltou.

Turismo e gastronomia

Segundo a candidata, se for escolhida prefeita, sua gestão irá potencializar o turismo e a gastronomia na capital mineira por meio da criação de “uma faculdade de gastronomia para a gente exportar não só a nossa culinária, mas também grandes chefes”.

“Belo Horizonte é a capital mundial dos bares e restaurantes, mas tem um Código de Posturas atrasado, arcaico, que dificulta que os comerciantes, nossos bares consigam ter de fato uma maior produtividade, gerando emprego, renda”, disse Duda Salabert.

A representante do PDT afirmou ainda que, em sua gestão, “vamos ter fila de estrangeiros para experimentar o melhor pastel do mundo, que é o pastel da Galeria do Ouvidor que é vendido aqui. O nosso Catuçaí, que é um patrimônio do Carnaval de BH. A gente quer mostrar isso para vocês de São Paulo, para o Brasil inteiro”.

Empreendedorismo feminino

Ao comentar o aumento do número de crimes de violência contra a mulher no Brasil, a candidata destacou que o problema não é apenas de “segurança pública”, mas também de falta de incentivo ao empreendedorismo.

“O ciclo da violência contra as mulheres não deve ter como fim apenas o debate sobre segurança pública. Há uma questão, por exemplo, de a gente investir nas mulheres empreendedoras para que elas possam ter renda para poder fugir ou escapar do ciclo da violência de gênero”, afirmou.

Segundo Duda Salabert, as ações nesse âmbito irão contar com “feiras”, “espaços colaborativos” e “políticas de empregabilidade para mulheres vítimas de violência doméstica”.

Entrevistas com candidatos

A CNN realiza nesta semana uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte.

Cada entrevista será transmitida primeiramente ao vivo no canal da CNN Brasil no YouTube, às 15h30, com exibição na TV no mesmo dia, às 23h30.

Participarão os mais bem colocados no agregador de pesquisas eleitorais Índice CNN, selecionados de acordo com o resultado mais recente, com sete dias de antecedência.

Já foram entrevistados:

Ainda serão entrevistados:

O que o eleitor pode e não pode levar para a urna no dia da votação?

Fonte Original do Artigo: www.cnnbrasil.com.br

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