O que atrai turistas ao Monte Rinjani, na Indonésia, onde brasileira aguarda resgate

O que atrai turistas ao Monte Rinjani, na Indonésia, onde brasileira aguarda resgate

Juliana Marins caiu em um penhasco enquanto percorria uma trilha. Vizinho de Bali, local é famoso para o trekking, pela paisagem deslumbrante. Monte Rinjani, na Indonésia, em foto de dezembro de 2014
Skyseeker/Flickr/Creative Commons
Vizinho da famosa ilha de Bali, o Monte Rinjani, na Indonésia, entrou para o noticiário com o acidente envolvendo a brasileira Juliana Marins, que caiu em um penhasco durante uma trilha no local.
O monte, na verdade, é um vulcão. Destino turístico conhecido do país asiático para trekking, o Rinjani também dá nome a um parque nacional na ilha de Lombok, onde está localizado.
Por que a demora no resgate da brasileira?
A atração é descrita como uma combinação de desafio físico e recompensa visual. Nas fotos mais frequentes, o destaque é o lago da cratera do vulcão, chamado de Danau Segara Anak (“filho do mar”).
Suas águas azul-turquesa se espalham por cerca de 6 quilômetros e têm mais de 200m de profundidade. No meio fica o cone vulcânico Barujari, que também é chamado de “”vulcão bebê”.
Um dos vulcões mais difíceis de escalar da Indonésia: como é trilha onde brasileira caiu
O cume do Rinjani permite desfrutar de uma vista deslumbrante da cratera, do lago e das ilhas vizinhas, como Bali e Sumbawa. Muitas imagens destacam essa paisagem no amanhecer, quando tudo vira um espetáculo de cores.
Segundo a publicação especializada em viagem, o destino é tão famoso entre quem pratica trekking que mais de 1.000 turistas tiveram que ser retirados do local durante os terremotos que atingiram a ilha em 2018. O vulcão permaneceu fechado para os visitantes durante vários meses seguintes.
Cinza vulcânica é vista durante erupção de vulcão que fica em Monte Rinjani, na ilha indonésia de Lombok, em 25 de outubro de 2016
Lalu Edi/Antara/ Reuters
Mas chegar ao topo do Rinjani requer preparo para encarar três dias de trilhas. Com seus 3.726m, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia, atrás apenas do Kerinci, na ilha de Sumatra.
“Poucos realmente fazem o esforço muito extenuante necessário para alcançar o cume propriamente dito, preferindo parar na borda da cratera (aproximadamente 2.700 m), onde as vistas do lago da cratera são de tirar o fôlego”, diz o site do parque nacional.
“Fazer o esforço extra de subir mais 1.000 m até o topo exige um nível consideravelmente maior de preparo físico, sem falar na força de espírito e no senso de aventura”, completa.
Entre 2022 e 2025, três turistas morreram nas trilhas
O vulcão ainda é considerado ativo, mas só registra erupções ocasionalmente: a última vez foi em 2016 (veja na foto acima).
O Rinjani é considerado um lugar sagrado pelos povos locais, que percorrem o caminho até o topo com oferendas para deuses e espíritos, descreve o Lonely Planet.
A capital de Lombok é Mataram, que possui um aeroporto internacional. Também existe transporte por ferry a partir de Bali. As trilhas costumam partir das cidades de Senaru e Sembalun.
Ilha Lombok, na Indonésia, em foto de novembro de 2016
Lasthib/Wikimedia Commons
A regras e os desafios
Não é permitido fazer trilhas no local entre janeiro e março, época de chuvas. A temporada seca, entre abril e novembro, é considerada ideal para a visita.
Também não se pode encarar o trekking por conta própria, alerta o Lonely Planet. A publicação diz ainda que o site oficial do parque tem bons mapas e informações, “além de uma seção útil com relatos sobre agências de trekking duvidosas”.
Mapa mostra onde Juliana caiu’
Reprodução/TV Globo
A entrada no parque custa cerca de US$ 12 (cerca de R$ 65) por dia, e todo o pacote sai por aproximadamente US$ 170 (R$ 930) por pessoa, no trajeto mais curto, de dois dias, segundo o Lonely Planet.
A publicação diz que a trilha mais longa, de três dias, até o cume do Rinjani, custa mais caro e é muito mais exigente.
Ao final, o desafio inclui pedras soltas, solo pouco firme e subidas bastante íngremes. As temperaturas no cume podem ser muito baixas, chegando perto de 0ºC.
O parque nacional recomenda o uso de casacos à prova de vento e impermeáveis, de headlamp (um tipo de lanterna presa à cabeça com uma faixa) e diz botas de trekking/escalada são um “extra”, mas “não são necessárias”. E, para quem se dirige ao cume do Rinjani, a orientação é usar bastões de trekking, por causa das pedras soltas.
Parque Monte Rinjani
Reprodução/Tripadvisor
Veja local onde brasileira Juliana Marins caiu durante trilha até o Monte Rijing, na Indonésia
Dhara Pereira/g1

Fonte Original do Artigo: g1.globo.com

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