Imagens de satélite revelam impacto das superbombas no Irã

Conflito

De acordo as imagens, o alvo principal foram os túneis de acesso às instalações

As primeiras imagens de satélite divulgadas após o ataque aéreo dos Estados Unidos ao Irã, realizado na madrugada deste domingo (22), revelam os efeitos das bombas de alta penetração lançadas sobre o complexo nuclear de Fordow. As fotos, captadas pela empresa americana Maxar, mostram claramente os pontos de impacto das GBU-57, conhecidas como “superbombas” destruidoras de bunkers.

De acordo com a análise das imagens, o alvo principal foram os túneis de acesso às instalações subterrâneas, localizadas sob até 90 metros de rocha sólida, segundo estimativas da inteligência israelense. Ao todo, 14 dessas bombas, com 13,6 toneladas cada, foram utilizadas nos ataques contra Fordow e Natanz, outro centro nuclear iraniano.

O impacto na superfície é discreto, com apenas uma alteração na coloração do solo entre as imagens feitas na sexta-feira (20) e no domingo (22). Isso evidencia a robustez da estrutura rochosa que protegia o complexo. Apesar da intensidade do ataque, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que não foram detectados vazamentos radioativos em Fordow, Natanz ou Isfahan, terceiro alvo atingido na ofensiva.

Em Natanz e Isfahan, além das superbombas, os Estados Unidos também lançaram mísseis de cruzeiro Tomahawk. As duas localidades já haviam sido bombardeadas por Israel no início da campanha militar, no dia 13, mas o país não dispõe de armamento capaz de atingir alvos tão profundamente escavados quanto os americanos.

O governo iraniano, por sua vez, minimizou os danos, afirmando que a instalação de Fordow já estava evacuada há algum tempo e que os prejuízos não foram significativos.

Com informações da Folha de S. Paulo

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